"Não temos aliados eternos, nem inimigos perpétuos”.

Imagem ilustrativa.

EDILSON ROCHA | “Não temos aliados eternos, nem inimigos perpétuos”. A frase, que extraí aleatoriamente do Google, reflete perfeitamente o que ocorrem em todas as eleições realizadas no Brasil e em períodos pré-eleições, como as deste ano, quando elegeremos presidente da República, senadores, governadores, deputados federais e estaduais. Vejamos o caso de Geraldo Alckimin, ex-deputado federal, ex-deputado estadual e ex-governador do Estado de São Paulo, cuja história política, tanto pelo MDB como pelo PSDB, era a de adversário e ferrenho crítico ao petista e ex-presidente Lula.

Com a eleição de Bolsonaro em 2018, o PSDB ficou enfraquecido e o PT, apesar das manchas altamente negativas causadas nos anos anteriores por alguns dos seus “ilustres” filiados, manteve-se ainda com alguma força, tanto que Lula, condenado à prisão em todas as instâncias da Justiça e sem jamais ter sido inocentado, é o candidato que ousa fazer frente à reeleição do atual presidente da República. Talvez por puro desapontamento com o seu futuro no PSDB, Alckmin saiu do partido e se filiou ao PSB, de linha socialista, para apoiar Lula e, mais que isso, se coloca como vice na chapa na qual Lula, ex-presidente, tentará com sua candidatura voltar à Presidência da República deste país.

Em encontros, sempre fechados – Lula não tem coragem de sair às ruas -, chega a ser constrangedor ver Alckmin e o ex-presidente lado a lado, como se fossem amiguinhos de infância. Para o azar de ambos, existe a internet e ela não perdoa, dispondo a qualquer cidadão inúmeros exemplos de farpas desferidas de um contra o outro em acalorados ataques políticos anos atrás. Obviamente, o exemplo da falta de coerência política de Alckmin e Lula não é único. Todo o Brasil possui situações semelhantes entre políticos das mais distintas localidades, incluindo vários da Bahia.

No entanto, preferi falar sobre o caso de São Paulo ao invés do caso da Bahia pelo simples fato de o Estado dos paulistas, como eu, ser o maior colégio eleitoral do País e, por isso, ter condições de garantir a nossa liberdade por pelo menos mais quatro anos. Na Bahia, onde moro, o único medo politicamente que tenho é ver o nosso povo adicionar mais quatro anos sobre os atuais dezesseis anos de mandatos de governadores petistas irresponsáveis e desprovidos de amor à Boa Terra, cuja violência, segundo dados oficiais, é a de maior índice entre todos os Estados brasileiros.