A falta de limite de certos usuários de redes e aplicativos sociais

Foto: revistacrescer.globo.com.

EDILSON ROCHA | Não faz muito tempo, assisti no Tik Tok ao vídeo de um dos usuários do famoso aplicativo discorrendo sobre um outro vídeo, este protagonizado por uma jovem dançando ao som de música bastante frenética.

O vídeo da jovem poderia ser tratado apenas como mais um entre milhares e milhares publicados diariamente por mulheres das mais variadas idades, expondo seus corpos em danças cujas coreografias não têm outro objetivo senão o de causar apelos de ordem sexual e, com isso, ganhar milhares de likes - a maioria, evidentemente, assinaladas por homens.

Até aí, nada demais, pois há tempos, principalmente com o advento das redes sociais e aplicativos da mesma linha, a falta de pudor de muitas mulheres se tornou algo normal, em nome do empoderamento feminino, através do qual elas defendem a tese de que podem tudo, ainda que causem choques em meio aos segmentos conservadores, defensores dos bons costumes e dos valores da família tradicional.

O problema é que a jovem estava dançando dentro de um hospital, ao lado da cama sobre a qual se encontrava deitada e em coma a sua mãe, que havia um ano vinha lutando contra um câncer.

O vídeo da dança desrespeitosa à mãe acamada e em coma viralizou, mas não sob aplausos dos seus seguidores e não seguidores da jovem, haja vista que, como resultado óbvio, acabou recebendo pesadíssimas críticas devido à sua infeliz publicação.

Arrependida, a jovem sem noção, que acabou perdendo a mãe para a grave doença no dia seguinte, ainda tentou se justificar diante de sua atitude injustificável, levando grande parte da sociedade a perguntar: "Até aonde vai o limite das pessoas usuárias de redes sociais e aplicativos afins para ganharem visualizações, likes, comentários e compartilhamentos?".