As sirenes gritam na BA-052, e mais uma vida se vai (...)

Foto: Markileide Oliveira.

‘Chico do Box’, como era conhecido, se despediu da vida deixando saudades

De repente, as sirenes gritam no meio do asfalto, e a dor que sentimos no passado volta à memória (...) E sem saber o que havia acontecido, as lembranças ressurgem: "A ambulância parece que chora, ela soava assim, quando Xique-Xique tinha um grande número de acidentes de trânsito". Minutos depois, a notícia que não queríamos ouvir, não gostaríamos de ver se repetir e, por inúmeras vezes ressurge, e novamente a ‘família’ chora, sente uma dor que não tem tamanho, não tem justificativa que afague o coração dos que ficaram.

No mesmo local de outros acidentes trágicos. Coincidência? NÃO! ÓBVIO QUE NÃO.

Há 5 anos, fiz uso das redes sociais, e de outros meios de comunicação pra alertar ao poder público do perigo que é a ‘entrada criminosa’ que dá acesso à nossa amada Xique-Xique; ela mesma que faz os motoristas ‘pisarem o pé no acelerador’, correr o risco de serem encandeados (ofuscados) por luzes que não nos permitem ver e respeitar quem vem pela frente. FATALIDADE. Inevitavelmente, uma fatalidade que poderia ter sido evitada com medidas de prevenção de acidentes.

Eu gritei em silêncio, mas minha voz não ecoou. Eu gritei no meio daquele asfalto a dor que é perder um ente querido (...) Eu gritei! Por que não encontra-se uma solução para evitar que mais pessoas venham a morrer ali? Por que não sinalizar, limitar a velocidade? Será que um quebra-molas não resolveria o problema? Por que não o fazem? De quem é a responsabilidade da BA-052? De quem é a responsabilidade pelas vidas perdidas, que já não voltam mais? Infelizmente, vejo a história se repetir, e se enquadrar em mais um acidente de trânsito para as estatísticas de Xique-Xique.

A vida é como o voo de um pássaro. Assim, de repente, e somos impedidos de voar. É com pesar que compartilhamos a dor da comunidade de Salinas de Santo Antônio, que perde no de 16 de julho de 2020 uma pessoa batalhadora, que venceu na vida, e fez muitos amigos; uma pessoa querida e amada por todos. ‘Chico do Box’, como era conhecido, se despediu da vida deixando saudades (...)

Por Markileide Oliveira.