Bolsonaro em Davos: as falas do presidente sobre comércio, privatização e Venezuela

Marcelo Camargo/Agência Brasil.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (21) em Davos, na Suíça, que pretende mostrar no Fórum Econômico Mundial que o Brasil mudou, que é um país seguro para investimentos e está tomando medidas para reconquistar a confiança.

Bolsonaro deverá apresentar ao Fórum nesta terça (22) um discurso, momento antecipado da cerimônia. Ele conta que o discurso será "objetivo, curto e direto" e vai abordar a necessidade de se fazer comércio "sem viés ideológico".

"Tocaremos nestes pontos que eu falei aqui. O discurso foi feito e corrigido, por assim dizer, por vários ministros", afirmou o presidente, em uma rápida conversa com a imprensa. "Estamos querendo mostrar que o Brasil mudou. O nosso objetivo é apresentar novo Brasil que chega com o nosso governo."

Em entrevista a jornalistas, Bolsonaro afirmou também que a questão das privatizações tem sido debatida com o ministro da Economia, Paulo Guedes. "Tenho certeza que faremos boas privatizações", disse. Contou também que quer ampliar o comércio do país, especialmente na área do agronegócio.

O presidente não deixou de comentar sobre a situação da Venezuela, a cujo governo já demonstrou oposição. Bolsonaro afirmou que espera que o governo da Venezuela mude rapidamente, indicando apoio à saída do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após uma reeleição não reconhecida pela comunidade internacional.

“A Venezuela está com problemas não é de hoje, esperamos que rapidamente mude o governo da Venezuela”, disse Bolsonaro a repórteres em entrevista ao chegar a hotel em Davos, na Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial.

O Brasil e demais países da América Latina, assim como boa parte da comunidade internacional, não reconhecem o governo de Maduro, que assumiu um segundo mandato de 6 anos em 10 de janeiro, considerando que sua reeleição em maio do ano passado não forneceu garantias para a participação da oposição.

Maduro afirma que seus adversários, apoiados pelos Estados Unidos, tentam derrubá-lo para tirar proveito das riquezas do petróleo venezuelano.