Com a pandemia, xique-xiquenses usam da criatividade para driblar crise

Imagem ilustrativa.

Edilson Rocha | Se já não bastassem as mortes que vem causando há mais de um ano no mundo, a pandemia causada pela Covid-19 mexe com a economia, levando empresas à falência e, consequentemente, desemprego a milhões e milhões de trabalhadores de todo o planeta, incluindo, nesta condição, o Brasil que, assim como tantos outros países, seguiu a cartilha dos isolamentos sociais, toques de recolher e até lockdows.

Diante deste cenário caótico, muitos brasileiros, que engrossaram as fileiras dos desempregados devido ao fechamento de seus locais de trabalho, partiram para se iniciar em novas possibilidades que pudessem ao menos lhes garantir um mínimo de condições de sobrevivência digna, até porque os recursos públicos distribuídos pelo governo federal a títulos de auxílios emergenciais não foram criados com a finalidade de ajudar toda a população, senão apenas as classes mais carentes do País.

Sem outras opções de ganharem dinheiro para o seu sustento, já que os decretos genocidas de governadores e prefeitos os impõem a política do fique em casa, muitos brasileiros, que cozinhavam apenas por hobby ou para simplesmente colaborar com os encontros de finais de semana entre amigos em meio a muita comilança e bebidas, começaram a disponibilizar suas guloseimas para venda aos vizinhos, aos parentes, aos amigos, a meros conhecidos e, à medida que a demanda fosse aumentando, através de aplicativos para entregas via delivery, ou seja, diretamente na residência dos seus clientes.

Em Xique-Xique, cidade cuja economia claramente foi prejudicada com a pandemia, pizzas, salgados, bolos, feijoadas e outras opções de alimentos prontos na hora tornaram-se parte das listas de cozinheiros, antes anônimos, em sucesso de vendas via delivery, sobretudo com ações publicitárias nas redes sociais e em aplicativos como whatsapp e instagram, permitindo a esses novos empreendedores a obtenção de bons lucros, no mínimo o necessário para os sustentos seus e de suas famílias.

Neste contexto, pode-se afirmar que vários cidadãos residentes em Xique-Xique, mesmo os que nunca haviam trabalhado, precisaram sofrer economicamente na pandemia para descobrirem uma profissão, um talento que há tempos possuíam e não imaginavam que, mais adiante, iriam usá-lo num momento tão difícil e doloroso de toda a humanidade em decorrência de um vírus mortal e ainda imprevisível quanto ao prazo de sua erradicação.