De quem é a culpa?

Imagem ilustrativa/Google.

MÔNICA BASTOS | Diariamente, querendo ou não, somos obrigados a tomar decisões desde as mais simples - como decidir o horário de sair da cama, até as mais complexas - como escolher uma profissão, casar ou ter filhos.

O sucesso de algumas decisões nem sempre estará sob o nosso controle. Infelizmente, em alguns momentos dependeremos de outras pessoas, o que não é nada confortável, partindo do pressuposto que o domínio sai das nossas mãos. Apesar de não ser algo muito cômodo, precisamos compreender que em algumas situações, não seremos bem-sucedidos, principalmente quando o resultado depende de um bom trabalho em equipe, o que nem sempre é fácil, já que toda equipe é formada por pessoas; algumas comprometidas, compreensivas, responsáveis e outras nem tanto.

E, apesar de toda essa falta de controle, independentemente de qualquer que seja a nossa decisão, precisamos aprender a assumir a responsabilidade por cada uma delas. Apontar o dedo, responsabilizando terceiros pelos nossos fracassos não nos levará a lugar algum. Se o resultado das nossas decisões depende de terceiros, precisamos aprender a trabalhar em equipe, para que os resultados sejam positivos.

E se ainda assim, fracassarmos, de quem é a culpa?

Fracassar não é um dos maiores problemas, mas permanecer inerte, em busca de alguém para culpar, [pode vir a ser um problema]. Quando tomamos decisões sozinhos, ou em grupo, precisamos arcar com as consequências compreendendo que, nem sempre as nossas decisões resultarão no melhor.

O que fazer diante das quedas, dos fracassos?

Não existem quedas e fracassos, quando fazemos uma análise pormenorizada da situação, visto que, tudo nessa vida tem um lado positivo; até os resultados negativos de determinadas decisões [podem nos ensinar algo], e cabe a nós extrair o que há de positivo em cada circunstância. Se as coisas não saíram como planejado, não carimbe o seu fracasso, se eximindo da responsabilidade e elegendo um culpado para fortalecer o seu ego.

De quem é a culpa? E isso importa? Assumir papel de acusador, se esquivar da responsabilidade que nos cabe, elegendo culpados, vai modificar o quadro?

O ano está acabando e, sem dúvidas, é um momento propício para assumirmos as reponsabilidades por todas as nossas decisões individuais, ou coletivas; inclusive aquelas que nos conduziram a derrotas. Segundo Gilmar Coimbra, “Não existem culpas e culpados, apenas aprendizes e aprendizados”.