Embasa vai recuperar mata ciliar da Barragem de Mirorós

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Aproximadamente 12 mil espécies de mudas nativas serão plantadas nas margens da Barragem de Mirorós. A ação está prevista no projeto de recuperação da mata ciliar do Rio Verde que será implementado pela Embasa para revitalizar 4 km da área de proteção ambiental que margeia a barragem. Todo o escopo do projeto foi apresentado na manhã desta  terça-feira (12), às 09h30, no auditório do DIPIM (Distrito do Perímetro Irrigado de Mirorós), na localidade de Mirorós, em Ibipeba.

O investimento será de R$ 1,3 milhão com recursos próprios da empresa e será realizado em dois anos a partir da ordem de serviço. Além do plantio de mudas, a empresa vencedora da licitação fará a manutenção das espécies semeadas e vai monitorar o crescimento delas, ficando também responsável pela retirada das plantas aquáticas e de estruturas que obstruam a passagem da água no leito do rio Verde.

Na fase inicial, a Embasa vai recuperar 58,7 mil metros quadrados em cada margem da barragem de Mirorós – um total de 117 mil metros quadrados de área replantada, equivalendo a 11,7 hectares. Dentre as espécies que serão plantadas nessa área, estão aroeira, jatobá, angico, tamboril, umburana, sucupira, mulungu, e outras plantas frutíferas como goiabeira, umbuzeiro, mangueira e cajueiro.

A Embasa espera, com esse investimento, manter o equilíbrio do volume de escoamento do Rio Verde. Outros resultados positivos do projeto consistem em aumentar a vazão do manancial, melhorar a disponibilidade hídrica e manter a qualidade da água.

A barragem de Mirorós é um manancial utilizado para diversos usos, como a irrigação, a manutenção do curso do rio Verde e o abastecimento público de água potável, prestado pela Embasa desde 1994.

Esta é uma das captações do Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Irecê, que abastece 16 municípios da microrregião, uma população estimada em 390 mil pessoas.

Mata ciliar - Também conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária, as matas ciliares, são assim chamadas devido à semelhança com os cílios dos olhos. Elas exercem um papel fundamental na proteção dos rios, promovendo a infiltração de grande volume de água no solo e o aparecimento de nascentes, evitando o assoreamento do leito do rio devido a erosão ou desbarrancamento e preservando o equilíbrio ecológico entre fauna e flora, contribuindo para evitar o desaparecimento de espécies.