Estudantes baianos vencem desafio mundial da Nasa com projeto sustentável

Divulgação.

Equipe formada por jovens de 18 a 23 anos terão chance de ir aos EUA apresentar projeto

Uma equipe formada por estudantes baianos entre 18 e 23 anos foi umas das grandes vencedoras mundial do hackathon da Nasa – o Nasa Space Apps Challenge 2019 –, realizado simultaneamente em 230 cidades de 80 países em 20 de outubro do ano passado, com a participação de 29 mil pessoas. 

A Agência Espacial Americana (Nasa) divulgou o resultado na tarde desta quarta-feira (22). Como premiação, os jovens irão conhecer o Nasa Kennedy Space Center, na Flórida, nos Estados Unidos, e ter a oportunidade fazer a apresentação do projeto para a Agência Aeroespacial Americana. 

A equipe Cafeína, formada pelo estudante de Engenharia Química, Ramon de Almeida, 22 anos, pelos alunos de Administração Antonio Rocha, 18, Pedro Dantas, 19, e Genilson Brito, 18, e pelo futuro analista e desenvolvedor de sistemas, Thiago Barbosa, 23, usou como base o Gerador de Van Der Graff para desenvolver um mecanismo que possa atrair e captar resíduos plásticos nos oceanos, que são ingeridos por animais marinhos, comprometendo a vida deles, dos animais que se alimentam deles, inclusive os humanos. 

Eles disputaram o primeiro lugar entre 2.076 projetos de todo o mundo, na primeira etapa ficaram entre os 30 finalistas. E agora a vitória final.

A representante oficial do Nasa Space na Bahia, Leka Hattori, comemorou a vitória histórica, que veio já no segundo ano de realização do evento na Bahia. 

"Eu já estava comemorando estarmos entre os 30 melhores do mundo, mas chegar a esse resultado em tão pouco tempo é, sem dúvida, uma grande conquista para mim, minha equipe, para a Prefeitura de Salvador, e todas as empresas e instituições que apoiaram o evento”, disse Leka, citando mentores, palestrantes, jurados.

“Este resultado nacionalmente também impacta, pois São Paulo também teve uma equipe vencedora. No total são 6. O ecossistema nacional como um todo, foi impactado”, completou ela.

A competição
Em 2019, além da Cafeína, participaram do hackathon em Salvador mais 29 grupos, chegando a cerca de 200 competidores, dos 520 inscritos na primeira etapa do evento. A meta inicial para 2020 era chegar a 500 pessoas disputando os primeiros lugares, “mas com a vitória mundial é possível que esse número dobre”, acredita Leka. 

Na edição realizada em outubro do ano passado, as equipes receberam o suporte de 5 palestrantes, 20 mentores e cinco professores de inglês para interpretar os dados da Nasa disponibilizados para consulta durante a competição. A banca de jurados foi composta por 5 jurados, sendo 2 mulheres. 

O desafio internacional aconteceu em mais 26 cidades brasileiras, entre elas São José do Rio Preto (SP), Aracaju, Belo Horizonte (cujo projeto recebeu menção honrosa nesta etapa final), Brasília, Curitiba, Goiânia, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, e Brasília.