Família Bolsonaro "tem a obrigação" de explicar repasses para ex-assessor, diz MK

Foto : Tácio Moreira/Metropress.

A investigação dos repasses feitos para o ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, foi um dos assuntos do comentário de Mário Kertész, hoje (12/12), na Rádio Metrópole. Segundo levantamento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda, a maior parte dos depósitos foi realizada em dias de pagamento dos salários dos servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). MK classificou a movimentação como "roubo" e "imoralidade".

"O Flávio Bolsonaro até agora [está em] silêncio. Sérgio Moro, também em silêncio, todo mundo na moita. Isso não pode ficar assim. (...) A família Bolsonaro, mais do que qualquer outra, tem a obrigação, porque fizeram uma campanha calcada no combate à corrupção, na honestidade, na mudança de costumes da política brasileira. Então não venham fazer como fez o [futuro ministro da Casa Civil] Onyx Lorenzoni: pedir desculpas e botar uma tatuagem 'conhecereis a verdade e ela vos libertará', que aliás é o lema do presidente eleito", analisou MK, acrescentando que o relatório do Coaf menciona assessores de outros vinte deputados da Alerj, adeptos de práticas semelhantes à identificada no caso de Flávio Bolsonaro. A lista inclui parlamentares do PSC, do PSol, do PT e de outros partidos.

"Não adianta a gente chegar, como muita gente tentou, e dizer 'olha, vamos fazer o seguinte: o que passou, passou, daqui para a frente a gente vira honesto'. Não. Porque se for assim, vai ter que soltar todo mundo que está na cadeia. Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Lula, o pessoal da OAS e da Odebrecht, todo mundo", comentou.

Mário Kertész ainda falou sobre o envolvimento do deputado federal Benito Gama (PTB-BA) no esquema de compra de apoio para o senador Aécio Neves (PSDB-BA) e sobre a concessão do selo internacional de qualidade de praias Bandeira Azul à localidade de Ilha dos Frades