Gameleira do Assuruá, Muribeca e Ilha do Miradouro

Vila Gameleira do Assuruá / Santiago Panario.

Gameleira do Assuruá

OSCAR GUEDES | Pelo ato do Governo do Estado Federado da Bahia, de 9 de julho de 1880, foi criado o município de Gameleira do Assuruá, que até então fazia parte do município de Xique-Xique, e do qual foi desmembrado. O seu primeiro intendente foi o coronel Reginaldo Gomes Lima; e quem instalou o termo foi o dr. Bartholomeu Teixeira Palha, juiz municipal do mesmo. Logo fez parte da comarca de Xique-Xique, depois da comarca de Brotas de Macaúbas, e atualmente da comarca do rio São Francisco, cuja sede é na cidade de Barra do Rio Grande, a 72 km. Também a sede das suas coletorias é na vila de Xique-Xique, a 72 km.

Todo o território está situado a direita do Chapadas do Rio São Francisco, e atravessado de sul a norte, e quase ao meio, pelo pequeno Rio Verde, dividindo-o assim em duas zonas distritais: as Caatingas e os Brejos, sendo estes entre vales, fertilíssimos. Os seus limites são: a leste, norte e oeste com o município de Xique-Xique e ao sul com o de Brotas de Macaúbas. O seu clima, exceto o da zona banhada pelo Rio Verde, é geralmente agradável. A longevidade, especialmente no local da vila, é notável: existe uma centenária, outro nonagenária, todas gozando ainda das suas faculdades, e grande número de octagenárias. A vila, com a mesma denominação de Gameleira do Assuruá, está localizado num extenso e espaçoso vale da Serra Assruá que é a continuação da Chapada ou Sincorá. Só tem uma rua principal e bem arborizada; as demais casas estão dispersas nos recantos, prefazendo todas 126 fogos, e mais uma capellinha erguida à Sant’Anna, e um cemiteriozinho bem construído. O recenseamento de 1892 accusou 5.798 habitantes. Na sede, conforme o censo verificado agora mesmo com muito cuidado, deu 424 almas. O ano passado verificou-se 23 nascimentos com 6 óbitos, inclusive 3 por partos prematuros. Na sede, só há uma escola mista de instrução primária paga pelos cofres estaduais. O seu comércio é fraquíssimo em comparação com o dos povoados do mesmo município. Só tem dois estabelecimentos de fazendas e molhados que são um do cidadão Francisco Antunes da Cunha e outro do cidadão Carlos José de Queiroz.

A área ocupada pelo município é de 12.240 km, 2017 léguas.

A renda municipal está orçada em 2.750$000 réis, cuja despesa absorve uma receita ou outra, nunca dá para o pagamento dos funcionários públicos, que aliás, o salário mais vantajoso que tem é o escrivão do grande e pequeno júri, que é de 500$000 réis, sendo os demais de 120$000 réis abaixo. Calcula-se exceder a 10 contos; em razão da grande exportação de borracha de maniçoba, cujos exportadores, por teimosia ou anti-patriotismo, pagam no município de Xique-Xique, em cujo porto se embarcam para a capital. Por isso mesmo, o município não pode manter escola alguma e nem ter edifícios próprios para funcionar o seu conselho para quartel e cadeia.

A exportação geral do município consiste em ouro, diamantes, carbonatos, salitre, borracha de maniçoba, peles, resina de jatobá, cera de carnaúba, feno em cordas, cebola, alho, farinha de mandioca, tapioca, milho, feijão e arroz.

Importa da capital, a 750 km, fazendas, secos, molhados, ferragem, louças, etc. E dos município vizinhos, o açúcar, a rapadura, o sal, o peixe salgado, o café, etc.

O sítio onde se edificou a vila era uma antiga fazenda dos avós do atual chefe político coronel Reginaldo Gomes Lima, ao qual, se deve a autonomia do município. Primitivamente, era ocupado por indígenas, conforme se vê em suas figuras grotescas à tinta de tabatinga, taná, nas paredes das lapas e grutas, e de cuja raça com a de portugueses descendem os atuais moradores. Existe uma tradição entre eles que o seu primitivo habitante, isto é, o que domesticou os indígenas fora o lendário Mumbica – o futuro Marquês das Minas. Em separado, mostraremos a sua história.

Inumeráveis são as vertentes que originam de seus montes, às quais umas se estagnam, dando-se-lhes o nome de “Olhos D’Águas” e outros fertilíssimos vales, se vão perder no majestoso rio São Francisco ou no pequeno Rio Verde. Suas águas se prestam muito bem para regar as suas extensas e produtivíssimas ribeiras, para a cultura de cana de açúcar, do capim e do arroz. Este meio tem sido o único plansivel para modificar as febres intermitentes que ali minam malignamente, como se tem verificado nos pontos onde se devassavam os matos marginais, agora substituídos por aquelas plantas. As águas deste rio são notáveis pela transformação que elas operam, isto é, em petrificar tanto o amago do itapicuru como a madeira de umbaúba. Quanto mais nas proximidades da nascente, mais apressa a transformação. Parece ser proveniente da composição do sal e do salitre. Parte da sua margem direita tem uma fonte termal denominada “Água Quente”, cujos banhos nunca foram concorridos, ou porque ignoram os seus efeitos curativos, ou porque a superstição priva o vulgo de lá se banhar.

O reino mineral é riquíssimo e variado, sem rival em todo o estado. Quanto ao ouro, ocupa o primeiro lugar no mundo, segundos os entendidos. O feno se encontra em toda a parte. Em 1859/1860, organizou-se uma companhia mineralógica, que se dissolveu logo, em consequência da célebre seca de 1860. Em 1887/1889, outra, a qual, da distância de mais de 4 léguas, trouxe em encanamentos águas para o trabalho do precioso minério. Dissolvida também, talvez, pela seca de 1890, acham-se atualmente obstruídos ou estragados os canos. Além de ir servindo essas águas para o serviço de mineração, poderiam ainda regar grande extensão de terrenos próprios para o plantio de cereais, legumes, canas ou capins.

Atualmente, acham-se nesse município os Drs. Frot e Cirins explorando as minas.

Tem-se encontrado nas minas do Dongo e Tamanduá diamantes e carbonatos mais grossos do que os de Santo Inácio e São João.

A primeira companhia era alemã e a última francesa. O diamante e o carbonato se encontram em todas as serras onde não der o ouro. Só são conhecidas, quanto às lavras de ouro, as de Gentio, Caldeirões e Mineiros; quanto às de diamante e carbonatos, as de Santo Inácio e São João, sendo ainda mal exploradas as do Dongo, Brejo Novo, Brejo Grande, Tamanduá e Morro do Gomes.

Vila de Santo Inácio - IBGE.

Quanto ao reino animal, cria-se sofrivelmente nas margens do Rio Verde e suas adjacências – Caatingas – os gados vacum, cavalar, cabrum, lanígero e suíno. Nas estações secas, têm os criadores imensas pastagens cercadas nas margens daquele rio, para ânimo do gado.

No vegetal, não é tudo proveniente da natureza, pois cultiva-se ainda apesar da perseguidora saúva, cereais, legumes, mandioca, cana, capim, fumo, hortaliças, cujas cebolas tem fama nos mercados, a maniçoba silvestre ou cultivada, que constitui a principal riqueza do município. Muitas frutas silvestres, cujas principais são: mangaba, buriti, umbu, jaboticaba, puçá, que dá excelente passa. Entre os de construção, resinosas, têxtis, etc., tem o cedro, o jatobá, a carnaúba, o algodoeiro, a pitura, o camá, o embiruçu, a gameleira (cuja seiva leitosa extensamente tem virtudes medicinais nas hérnias), o angico (cuja casca se emprega nos curtumes), o páspacho ou jacobina, que substitui a vela, seja pela sua luz, seja pela sua semelhança, etc.

Vila de Santo Inácio. Foto de autoria desconhecida.

POVOAÇÕES

Os principais povoados, além da sede, são:

Santo Inácio -  lavra diamantífera mais antiga do Estado. Ali se comercializa o diamante, o carbonato, a cera de carnaúba e gêneros alimentícios. Tem uma escola particular.

São João - principal garimpo de mineração pela maior abundância de água.

Riachão - povoado nascente e que vai florescendo por um grande mercado de borracha de maniçoba, produto de suas serras e de sua cultura, que é imensa. Tem uma escola particular e uma capelinha em construção.

Mirorós - sobre o Rio Verde, um dos mais florescentes do município, por suas ricas pastagens e abundantes plantações de arroz. Também se comercializa a borracha de maniçoba e carne salgada, o peixe fresco, etc. Tem escola particular e uma capelinha em construção.

Serra Grande - povoação antiga, mas que vem se sobressaindo em razão do comércio da borracha de maniçoba.

Lagoa-Tiririca - povoado que vem se revelando, ou querendo exceder os outros pelo seu extenso comércio de borracha e suas edificações bem construídas e asseiadas. Tem escola particular.

Gentio d’Ouro - povoação antiga e a mais importante do município pelo seu comércio de ouro, borracha, peles e todo o gênero alimentício. Tem 10 estabelecimentos entre fazendas secas, molhados e gêneros do país. Existe uma escola pública do sexo masculino paga pelo Estado. Uma capelinha e uma casa de oração são os seus únicos edifícios.

Morro do Gomes - sede do 2º distrito policial. Tem uma velha capelinha. É célebre pelos seus morros de chumbo.

Brumado - antigo povoado, com uma velha capelinha. Tem em seus arredores pequenas lavouras de cana.

São José - sede do 2º distrito de paz, é muito antigo e está em decadência. Tem também pequenas lavouras.

Caldeirões - povoado que vem em via de florescência pelo seu comércio de ouro.

Igreja Nossa Senhora da Glória, em Desterro / créditos da imagem: jornal Pagina Revista.

De nenhuma importância comercial ou populosa, mas que constituem outras agrícolas, tem as localidades: Brejões, Sitis, Olhos d’Água, Vazia, Virida, Cotovelo, Umbaúbas, Cedro, São Gonçalo, São Domingos, Mineiros, São Filipe, São Francisco, São Plácido, Sant’Anna, Lavra-Velha, Pequizeiro, Gingós, Torniades, Lagedinho, Vellamo, Nora-Olinda (importantíssima pelas suas serras de maniçoba), Conceição, Amores, Capino-Grosso, Tanque, Barro-Vermelho (também abundante em Maniçoba), Cafundó, Desterro, Itabira, Lagoa Grande, São Vicente, Junco, Canna-Brava, Sacatruz, São Bento etc.

MURIBECA, ILHA DO MIRADOURO E GAMELEIRA DO ASSURUÁ

A florescente ilha do Miradouro, uma das maiores do majestoso Rio São Francisco, neste Estado da Bahia, está situada na entrada do porto da vila de Xique-Xique, ao norte, constituindo ela o seu único pitoresco arrabalde. Tem ali uma ermidazinha, construção do século XVII, erguida à Sant’Anna, em cuja festividade concorrem muitos devotos. Tal ilha está ligada à história ou lenda do Muribeca Robim Moreira Dias, o futuro Marquês das Minas, de cuja descendência com uma cabocla, ainda existe em Xique-Xique a família Moreira da Luz. Eis o que se refere à história... tendo compreendido que era ludibriado, recusou-se tenaz e energicamente a mostrar a localidade antes de receber o título de Marquês das Minas, preferindo ser encerrado em prisão por longo tempo e pagar as despesas da expedição... Este fato sucedeu entre os anos de 1591 a 1602 no governo colonial de D. Francisco de Sousa, reinando em Portugal os Filipes de Espanha.

Igreja da Ilha do Miradouro, em Xique-Xique. Imagem extraída da internet.

A tradição, porém, acrescenta: Roberio Dias Muribeca, ao apontar à Ilha do Miradouro, com a escolta que o conduzia, á qual sempre apertando-a para descobrir a localidade das minas, ele limitou-se a dizer-lhe de lá mesmo: “Daqui miro o ouro”, sem contudo, indicar o sinal correspondente que é um dos mais altos cabeços da Serra Assuruá (que atualmente dá-se o nome de Brejo Novo, ao sul), e na distância de 10 léguas dali; e a qual ilha, por esse tempo se denominava Ilha do Porto. Nela, tinha ele grandes plantações de cereais e legumes. Dali, Robério Dias despachou secretamente um dos seus criados para o local no Assuruá, o qual ficava adiante do dito morro 2 léguas, e no mesmo vale formado por ele, com cartas, ou qualquer sinal convencionado, à sua irmã, ordenando-lhe que envenenasse a refeição dos seus criados e companheiros a fim de quando lá chegassem, ele e a gente que o conduzia, não houvesse quem descobrisse as minas. Tal ordem foi cumprida com satisfação, pois, no número das vítimas, ela incluiu uma cabocla, amante de seu irmão, a qual tantas acusações desonrosas lhe tinha feito.

Assim, pois, quando lá chegaram, só existia sua irmã com a qual sofreu toda a sorte de torturas, vindo ambos a falecer, sem contudo lograrem os seus algozes o descobrimento daquele eldorado.

Outros dizem que a escolta também foi envenenada, e que o Robério e sua irmã e mais alguns companheiros de confiança, nada sofreram. Esse local foi muitos anos depois, casualmente descoberto por um vaqueiro da fazenda Tabolino, terrenos salinos ao pé do Morro de Santo Inácio, que fica na estrada do Miradouro ao mesmo sítio. Ali, encontrou ele, as ruínas de um engenho de açúcar bem montado, e já cercado de arvoredos quase seculares. Apossado logo pelo velho Damasceno, neto de um indígena, patrão do descobridor, é este local o que atualmente gesa dos fóros da vila de Gameleira do Assuruá. Do madeiramento e telhados do engenho se construíram muitos prédios, que ainda existem, assim como fragmentos de tachos de cobre se encontram nas montueiras dos quintais. História ou lenda, o que é certo é que as minas de ouro de Robins Dias Moreira são as atuais de Gentio d’Ouro, distantes de Gameleira 5 léguas; as dos Caldeirões dali a 2 léguas, e as do Mineiro mais adiante.

As de prata, porém, bem podem ser nas imediações, pois entre Gameleira e Santo Inácio, consta existir um metal duro e de brilho argentino, que ainda não foi explorado nem o seu nome classificado.

Um antigo ourives dali, de nome Manoel Avelino, servia-se desse minério para produzir, só ou de mistura com outros metais, certos artefatos.

Administração municipal:

Presidente do Conselho: José Gomes de Miranda
Vice-presidente: Manoel Gomes do Nascimento
Secretário do Conselho: Genesio Gomes Lima
Secretário da Intendência: Alfredo Rodrigues Pinheiro
Intendente: Reynaldo Gomes Dias (coronel)
Vereadores: Amancio Pereira da Rocha, Bellarmino Antonio Juvenal, Domingos Carvalho de Farias, Francisco José de Santa Anna, Joaquim Carvalho dos Santos.
Procurador e tesoureiro: José Ambrosio Pereira
Fiscal: Pedro Pereira dos Anjos
Porteiro: João Alves Botelho.

Administração Judiciária:

Juiz preparador: Dr. Arthur Isnard Marianni
Suplentes dos juiz preparador: 1º Joaquim Martins da Cunha, 2º Abilio Moreira do Nascimento, 3º Francisco Gomes Lima Primo.
Juízes de paz: 1º Jovem Alves Barreto, 2º Genuino Gomes Lima, 3º Domingos Carvalho dos Santos, 4° Francisco Ferreira da Cunha.
Juízes de paz do 2º distrito: 1º Emygdio Pereira Bastos, 2º Celestino Alves da Silva, 3º José Carvalho dos Santos, 4º Belarmino Gomes de Miranda.
Escrivão de paz do 2º distrito: Manoel Moreira do Nascimento
Adjunto do promotor público: Fermicio Gomes da Cunha
Suplentes do juiz substituto seccional: Amancio da Rocha Pereira, João de Figueiredo Rocha, José Antonio do Nascimento.
Ajudante do procurador seccional: Regionaldo Gomes Lima (tenente-coronel)
Escrivão do cível, crime e casamentos: Alfredo Rodrigues Ribeiro
Tabelião de notas e escrivão interino do grande e pequeno júri: Godefredo Rodrigues Ribeiro
Escrivão de paz e oficial do registro civil do 1º distrito: Joaquim Gomes da Cunha.

Administração Policial:

Delegado efetivo: Francisco Rufino Gomes
1º Suplente: José Moreira do Nascimento (tenente-coronel)
(os outros suplentes não tiraram os títulos)
Sub-delegado: José Ambrosio Pereira
1º Suplente: Manoel Gomes da Cunha (os outros não tiraram os títulos)
Sub-delegado do 2º distrito do Morro: Jovino Alves Barreto
1º Suplente: Britualdo José da Rocha (os outros não tiraram os títulos)
Inspetores: José Catharino, Pedro José da Cruz.

Instrução Pública:

Aluna-mestra: D. Henedina Gomes Barreto (rege a cadeira estadual mista de primeiras letras, na sede da vila)
Professor: José Paulo dos Santos Fira (rege a cedeira estadual de primeiras letras do sexo masculino no Arraial de Gentio do Ouro)
Professor particular de primeiras letras no Arraial de Santo Inácio: Olegario Marciano de Sousa
Professor particular de primeiras letras no Arraial de Riachão: Antonio Valentim Xavier
Professor particular de primeiras letras no Arraial da Lagoa da Tiririca: Aniceto da Silva Soares.

Correio:

Agente: D. Anna Soares do Nascimento Cunha
Estafeta: Manoel Pajehú de Flôres.

Comércio:

Fazendas secas: Albino Alves Barreto, Apparicio Eduardo Ferreira, Baldonio Antunes da Cunha, Carlos José de Queiroz, Duclides Antunes de Menezes, Francellino José Alves, Francisco Antunes Bastos, Francisco Rufino Gomes (major), Francisco Gomes da Cunha, Genuino Gomes Lima (capitão), João Figueiredo Rocha, Joaquim Gomes Lima, José Alves Pereira Barreto, José Avelino do Nascimento, José Gomes Lima, José Moreira do Nascimento (tenente-coronel), Juvenal José de Sousa, Manoel Rodrigues Covas, Regionaldo Gomes Lima (tenente-coronel), Pedro Pereiras dos Anjos.

Molhados: Abilio Moreira do Nascimento, Barreto & Cunha, Cyrillo José de Sant'Anna, Domingos de Farias, Firmino Gomes da Cunha, Francisco Gomes Lima Primo, Joaquim José de Sant'Anna, José Antonio Alves Barreto, Punovato Alves Barreto, Temistocles de Figueiredo Rocha, Virginio Victorio.

Gêneros do país: Francisco Pereira Bastos, José Pereira Bastos, Maximiano José de Brito, Reginaldo Gomes Lima Primo.

Diamantes e carbonatos: Antonio Antunes Bastos, Gasparino Alves Barreto, João Alves Barreto, José Moreira do Nascimento (tenente-coronel), Raul d'Isnard Marianni.

Ouro: Albino Alves Bareto, Augusto de Andrade (tenente-coronel), José Avelino do Nascimento, Manoel Rodrigues Covas, Reginaldo Gomes Lima (tenente-coronel).

Exportadores de borracha de maniçoba: Apparicio Eduardo Ferreira, Aristides Alves Barreto, Benevato Alves Barreto, Britualdo José da Rocha, Deoclides Antunes de Menezes, Domingos Baptista de Oliveira, Febronio Pereira Bastos, Gasparino José Vaz, José Moreira do Nascimento (tenente-coronel), Manoel Rodrigues Covas, Marcelino José de Sant'Anna.

Profissões

Alfaiate: Alfredo Rodrigues Ribeiro
Carpiteiro: Marcolino Coelho dos Santos
Funileiro: Godofredo Rodrigues Ribeiro
Pedreiro: João Alves Botelho
Sapateiro: Pedro Pereira dos Anjos.

Indústrias

Engenho de açúcar: Bellarnino Antonio Juvenal, Bellarmino Gomes de Miranda, Sancho Martins da França.

Agricultores e lavradores

Bellarmino Gomes de Miranda, João Alves Barreto.

Criadores

Amancio José da Rocha, Antonio Silvano da Silva, Domingos José Vaz, D. Donina Carvalho de Farias, João Alves Barreto, José Alves Pereira Barreto, José de Sousa Pereira Forte, Manoel Antonio Ribeiro.

Observação: Para um melhor entendimento, algumas palavras e expressões foram substituídas da publicação original.

Descrição do município de Gentio do Ouro, em 1910, na época denominado Gameleira do Assuruá, publicada  no Almanak Laemmert: Administrativo, Mercantil e Industrial (RJ), edição B00067, páginas 118, 119 e 120. Relata também sobre Muribeca e a Ilha do Miradouro, entre outros.

*Fonte: Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca Nacional (siga o link).