Imagem meramente ilustrativa.

Apenas em 2019, quando nem sequer completou seu primeiro trimestre, o Brasil sofreu tragédias que mataram pelo menos 350 pessoas. Quebra da barragem de Brumadinho, enchentes no Rio de Janeiro, incêndio em centro de treinamento do Flamengo são algumas que integram esses dados.

Ao ver as imagens, pela tv ou internet, do desespero das vítimas dessas tragédias, não há como não nos colocarmos, ainda que apenas em imaginação, no lugar delas, obviamente sem a dor e o sofrimento de antes e durante os momentos que ceifaram vidas de tantos serem humanos.

Junto à imaginação aterrorizante, embora longe da situação real pela qual passaram e perderam suas vidas as pessoas que se viram cercadas, em tragédias distintas, por lama, água e fogo, vem-me à mente o questionamento sobre as ações de emergência que órgãos públicos, escolas, salões de festas, estabelecimentos residenciais e comerciais, entre outras acomodações, da cidade onde moro, Xique-Xique, realizariam para combater, por exemplo, um incêndio de alta capacidade destrutiva.

Vira e mexe, ocorrem incêndios em Xique-Xique e, ao que me consta, nunca causaram vítimas fatais, senão apenas prejuízos materiais aos proprietários dos estabelecimentos, tanto comerciais como residenciais, os quais serão sempre tratados como algo insignificante se comparados à perda de vidas humanas e inclusive de vidas de animais.

Por este contexto, não me furto jogar umas perguntas ao ar: quem garante que, em nenhuma hipótese, poder-se-ão ocorrer, naqueles locais, incêndios com alto poder de destruição? Quem garante que, em tais locais, há fiscalização, saídas de emergência, extintores de incêndio?

O mal muitas vezes do ser humano é achar que as tragédias só ocorrem em outras cidades, vitimando outras famílias e que, por exemplo, ações para evitá-las ou combatê-las sejam desnecessárias. Contudo, entendo que é melhor prevenir do que remediar, ainda que achem que as pessoas que pensam desta forma sejam agourentas.