Isolamento social horizontal, uma situação surreal

Imagem ilustrativa.

Primeira situação: o homem se ausenta de sua casa para trabalhar e ainda, quando privilegiado, tem tempo de estudar numa unidade de ensino, preferencialmente, quando possível, ministradora de cursos profissionalizantes.

Segunda situação: o homem, desempregado e ainda triste pelo fim do seguro desemprego, se ausenta de sua casa para tentar arranjar um novo emprego, muitas vezes só com o dinheiro da passagem de transporte público no bolso.

Terceira situação: o homem, mesmo empregado, é obrigado a ficar em casa. devido a Decretos Municipais de governadores que exigem-no cumprir com o restante da população do seu Estado o isolamento social horizontal.

Entre as três situações, a primeira reflete o sonho da maioria do povo brasileiro, a segunda, embora ruim, ao menos oferece a quem a integra o direito de ir e vir, de sonhar, de voltar a trabalhar e até voltar a estudar ou, em certos casos, se alfabetizar, já a terceira, um pesadelo sem precedentes.

Jamais em toda a história da humanidade uma pandemia, por mais mortes que causava, motivou a imposição por parte da OMS ou de qualquer outra instituição de saúde de determinar o isolamento social em todos os países onde tivesse havido a doença ou tragédias de influência geral no planeta.

A título de comparação, nem mesmo durante a Segunda Guerra Mundial, onde países da Europa eram alvejados diariamente por bombas detonadas de aviões, obviamente de forças adversárias, houve isolamento social – nem por iniciativa do povo, que seria o normal para se proteger e sobreviver, nem tampouco pelos governantes da época.

Enfim, a terceira situação se mostrou surreal e, em nenhuma hipótese, o Brasil merecia ser submetido àquele período deprimente, causado pelo ridículo e equivocado isolamento social horizontal, imposto de forma ditatorial contra cidadãos brasileiros – dos quais vários deles vindo a ser ilegalmente algemados pela Polícia, por ordem de certos governadores que não aceitam o descumprimento dos seus desastrosos decretos de cerceamento do direito constitucional de ir e vir do povo desta nação.

A caminho do fim do isolamento social horizontal no Brasil, em tese, entre outros fatores, devido ao descrédito cada vez mais evidente da Organização Mundial de Saúde (OMS), o presidente Bolsonaro acertou quando disse, tão logo foi decretada a quarentena no país, que o povo brasileiro estava enfrentando um problema e que, se sua maioria, dotada de boa saúde, deixasse de ir trabalhar para ficar em casa, iria ter um segundo o problema: o desemprego. Acho que ninguém diria negar hoje que ele havia feito este alerta.