Mais vale um pássaro na mão que dois voando?

Imagem ilustrativa.

Mais vale um pássaro na mão que dois voando?

MÔNICA BASTOS | É lógico que ao fazermos uma análise matemática, não tem erro; dois é mais do que um, e ponto. Mas como nem tudo nessa vida depende da matemática, às vezes, um vale mais do que dois; um exemplo, foi o jogo entre Brasil e Croácia, na última sexta.  

Não resta dúvidas de que foi um jogo difícil, teve até prorrogação, momento em que o Brasil conseguiu se sobressair e fazer o primeiro gol, ou seja, a seleção brasileira com dificuldades conseguiu o seu primeiro “pássaro”. No entanto, um gol parecia não ser suficiente. Por que não buscar mais um?

Neymar se deu por satisfeito, e tentou mudar o posicionamento do time que havia decidido ir ao ataque, em busca dos “pássaros que voavam”: “Não tem necessidade de vocês subirem. Está 1 a 0. Faltam cinco minutos, não tinha necessidade. Vai subir para quê?". 

O fato é que, ao invés de defender o que já havia conquistado, o time optou por arriscar. Infelizmente o resultado não foi positivo para o Brasil, e não foi dessa vez que conquistamos o hexa. Para quem está de fora, é bem fácil julgar. Por que o Brasil, ao invés de tentar fazer mais um gol, não impediu que a Croácia fizesse um? É claro que questionamentos desse tipo só surgem porque perdemos o jogo, do contrário, ninguém se importaria com a atitude dos jogadores da seleção brasileira.

É evidente que não estamos falando literalmente de pássaros.  Na verdade, a expressão “mais vale um pássaro na mão que dois voando”, remete a ideia de que é melhor ter algo garantido, do que a incerteza de arriscar algo melhor, e perder tudo. E ainda respondendo à pergunta anteriormente feita, cabe a cada um determinar aquilo que é mais valioso para si.

Algumas pessoas escolhem viver de maneira mais cautelosa, preservando, cuidando de cada conquista, e optam por não arriscar. Mas há também aquelas que não se contentam com o que tem, e acreditam que melhor é arriscar, ganhar mais, mesmo correndo o risco de perder aquilo que já foi conquistado, tipo: “quem não arrisca não petisca”.

Independentemente de qualquer que seja a nossa decisão, seja ela de segurar ou de arriscar, o mais importante é lidar, conviver de maneira leve e tranquila com as consequências das nossas escolhas, até porque, dependendo das nossas decisões, podemos ficar de mãos vazias, apreciando os pássaros voando.