O poder do agora

Imagem ilustrativa.

MÔNICA BASTOS | Na adolescência, lembro-me de assistir ao filme ‘De Volta Para o Futuro’. O filme narra a história de um jovem que aciona uma máquina do tempo construída por um cientista e retorna aos anos 50, onde conhece sua mãe, antes de casar-se com o seu pai. Ela se apaixona por ele, colocando em risco sua própria existência, pois alteraria todo o futuro, forçando-o a servir de cupido entre seus pais.

Na época, me encantava com a possibilidade de voltar ao passado e alterar o futuro. Nutria a esperança de que num momento não muito distante, as máquinas do tempo finalmente seriam construídas. Coisa de adolescente sonhador.

Com o passar dos anos, percebi que as tais máquinas não seriam construídas, que o passado não poderia ser alterado e, ao mesmo tempo, percebi que não precisamos voltar ao passado para construirmos um futuro. Olhar para trás é suficiente.

Já dizia Henry Ford: “O passado serve para evidenciar as nossas falhas e dar-nos indicações para o progresso do futuro”. 

O passado tem esse poder de nos fazer refletir acerca das nossas decisões, bem como os consequentes benefícios e/ou malefícios por elas ocasionados. Isso porque, o momento presente é resultado das escolhas do passado. Do mesmo modo, o nosso futuro será resultado das escolhas atuais. Não é o nosso passado que definirá o futuro, mas o nosso presente. Por isso, é preciso ter em mente o poder do agora, o poder do momento atual.

As decisões de hoje influenciarão direta, ou indiretamente, no nosso futuro.

De maneira imperceptível, diariamente  tomamos inúmeras decisões, desde as decisões mais simples até as mais complexas. No entanto, nem sempre estamos atentos às consequências.

É importante lembrar que, quem sai na chuva sem guarda-chuva tem que ter a consciência de que possivelmente vai se molhar. Quem faz uso constante de drogas, pode viciar-se. Quem muito se ausenta, uma hora deixa de fazer falta.

Todas as nossas decisões têm consequências, algumas positivas e outras negativas; com isso, cabe a nós fazer as melhores escolhas possíveis, para que no dia de amanhã, não tenhamos o desejo de  que alguém construa uma máquina do tempo, que nos leve ao passado para reparar o irreparável.