Pai se arrepende de ter matado filha de um ano: “sei que sou um monstro”

Imagem: reprodução/Tribunal de Justiça.

O homem acusado de matar a filha de um ano à facadas em 2018, Leonardo Irving Daniel da Silva, 27 anos, reafirmou a autoria do crime, durante o julgamento, apesar de ter afirmado não lembrar de detalhes do fato. O acusado também pediu para ser condenado e retornar ao sistema prisional, durante o depoimento no Fórum de Valença do Piauí nesta terça-feira (19).

“As pessoas falam que eu sou um monstro e eu concordo, sei que sou, porque tirei a vida da minha filha. Eu só quero ser condenado e voltar para o presídio. Eu me arrependo de ter tirado a vida dela, choro de dia e noite por isso”, declarou.

De acordo com o portal G1, Leonardo Irving está sendo acusado de homicídio triplamente qualificado contra a filha: por motivo torpe, motivo fútil, praticado de forma cruel e sem possibilidade de defesa pela vítima. A pena ainda pode ser aumentada já que a vítima era menor de 14 anos, conforme previsto no Código Penal.

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Durante depoimento, Leonardo contou que no dia do crime estava segurando a filha e com um punhal na outra mão. A criança, segundo o réu, chegou a tocar na arma, mas ele retirou. Depois disso, o acusado diz não lembrar o que aconteceu.

Segundo Leonardo o crime, sete golpes de faca na criança, aconteceu porque ele quis “descontar a raiva que estava sentindo da ex-mulher, disse ao ser preso.

“Já perguntei para minha mãe como eu machuquei a minha filha. Eu sonho com ela nos braços do meu avô, dizendo que me perdoa, mas eu não vou me perdoar nunca. Depois minhas mãos aparecem cobertas de sangue”, contou.

O acusado revelou que a união com Amanda Kelly Barbosa, mãe da criança, durou dois anos e terminou após ter descoberto uma traição da ex-companheira. Mas, ele negou ter tido a intenção de matar a ex-mulher.

Já Amanda Kelly Barbosa, ex-companheira de Leonardo e primeira pessoa a prestar depoimento, disse que o ex-marido não era agressivo, de forma geral, no relacionamento. Mas, já havia ameaçado matar a filha do casal caso a guarda da menor não ficasse com ele na separação.

“Era um relacionamento saudável, tinha brigas como todo casal, mas era saudável. Um pouco antes do acontecido ele chegou a me agredir fisicamente, eu já tinha a Nicoly. Assim que a gente decidiu se separar, ele queria a guarda da menina e eu falei que a guarda era minha, e ele chegou a falar pra mim que seria capaz de tirar a vida dele e dela pra nem eu nem ele ficar com a guarda da criança”, disse Amanda.

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Na época em que foi preso, Leonardo chegou a alegar problemas psiquiátricos, mas não houve comprovação da doença durante as investigações. O delegado, Daniel Alves, chegou a dizer que o acusado chorou muito durante todo o depoimento à polícia.  “Ele se diz arrependido de ter matado a filha, diz que foi um momento de fúria que não conseguiu se controlar e que não era para ter acontecido”, disse Daniel.

Fonte: BNews