Pede o que queres que eu te darei

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De acordo com a bíblia, em uma determinada noite, Deus apareceu ao rei Salomão, e disse-lhe: “Pede o que queres que eu te darei”.

MÔNICA BASTOS | O coração acelera só de pensar em uma oportunidade como esta: “Pede o que queres que eu te darei”. Salomão teve a oportunidade de pedir riquezas, honra, poder, no entanto, respondeu a Deus: “Dá-me, sabedoria e conhecimento, para que eu possa lidar com as pessoas”.

Vivemos uma época diferente da época em que viveu Salomão, mas algo não mudou: o ser humano. O ser humano continua difícil. Nunca se sabe o que passa na mente das pessoas que estão ao nosso redor. Nunca se sabe como interpretá-las corretamente, afinal de contas, todos nós pensamos e almejamos coisas diferentes.

Manter as relações é algo que tem se tornado cada vez mais difícil, as pessoas estão impacientes, e não estão dispostas a se esforçarem para compreender o outro. Aceitá-los sem tentar moldá-los é quase impossível.

Os relacionamentos estão cada vez mais descartáveis. As pessoas estão perdendo a empatia umas pelas outras, estão perdendo a fé no ser humano. Na maioria das vezes, entra em um relacionamento esperando o momento de fracassar. Não há esforço, confiança, dedicação.

Conseguimos sentir empatia por um animal que é espancado (isso não é errado, temos que ter compaixão também pelos animais), mas não conseguimos ao menos sentir a dor do outro, ou até mesmo perdoar uma falha. O amor e a utilidade se tornaram sinônimos.

Como diz Padre Fábio de Melo: “... a utilidade é um território muito perigoso, porque muitas vezes a gente acha que o outro gosta da gente, mas não, ele está é interessado naquilo que a gente faz por ele. Se você quiser saber se alguém te ama de verdade, é só identificar se ele seria capaz de tolerar a sua inutilidade. Quer saber se você ama alguém? Pergunte a si mesmo, quem nesta vida que pode ficar inútil para você sem que você sinta o desejo de jogá-lo fora”.

Pede o que queres que eu te darei: Sabedoria e conhecimento, é o que precisamos nos dias de hoje. Amar o outro com defeitos e qualidades, compreendendo que utilidade e amor são coisas completamente diferentes. Objetos são úteis, seres humanos são essenciais.