Quanto mais alta a expectativa, maior a decepção

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MÔNICA BASTOS | A maioria das pessoas faz planos para o futuro nas mais diversificadas áreas da vida. E, independentemente do plano, sempre incluímos alguém, até porque, como dizem por aí “Ninguém chega a lugar nenhum sozinho”.

Geralmente, tudo é bem planejado na nossa mente. Estabelecemos objetivos, metas, e chegamos até a definir com máxima precisão, o papel de cada um.

Ocorre que, nem sempre os planos traçados dão certo. Visto que, para alcançar os nossos objetivos, é preciso mais do que planejamento. Precisamos focar na execução.

E quando as coisas não saem como planejadas?

Num primeiro instante, o sentimento que surge é o de frustração; a sensação é de impotência e desânimo. E o passo seguinte, é fugir da responsabilidade e eleger um culpado.

Infelizmente, grande parte dos indivíduos têm dificuldades em atribuir a si mesmo, a responsabilidade pelo fracasso.  E isso se dá devido a impossibilidade de alguns, em reconhecer o seu papel nos acontecimentos.

O maior problema disso tudo é que, ao colocar a culpa no outro, criamos uma falsa impressão de que fomos prejudicados. Saímos do papel de protagonista e assumimos a posição de vítima. Sim, quando as coisas dão certo, somos protagonistas, os responsáveis: quando as coisas dão errado, somos as vítimas, os prejudicados.

Esse tipo de comportamento é bastante prejudicial, porque, de maneira imperceptível, tornamo-nos pessoas ressentidas. E de acordo com Friedrich Nietzsche, “Não há nada que deprima mais o ser humano (mais depressa) do que a paixão do ressentimento”.

Antes de culpar o outro por algo que é da nossa responsabilidade, é preciso fazer uma análise: nós até podemos incluir algumas pessoas em nossos planos, mas essas pessoas sabem disso? Quando que o outro aceitou fazer parte do nosso projeto? Quando que o outro se comprometeu em realizá-lo?

Depender de alguém para ter sucesso é muito complicado, porque, sem dúvidas, esse é um fator externo que não temos controle.

Antes de fazer qualquer tipo de planejamento, é preciso aprender a gerenciar as nossas expectativas. Elas [expectativas] precisam ser coerentes com a realidade na qual estamos inseridos e, ademais, precisam ter limites. Quanto mais alta a expectativa, maior a decepção.