Que diminua eu, para que ele cresça?

Antes de amar o próximo, é preciso amar a nós primeiro. (imagem ilustrativa).

*MÔNICA BASTOS | Viver nem sempre será leve e agradável, pode ser cansativo e massacrante. Partindo deste pressuposto, podemos afirmar, que nem todas as pessoas veem a vida de forma positiva. Isso porque todos os seres humanos são diferentes psicologicamente e individualmente tem uma história de vida. ­­­Alguns têm um repertório melhor que outros para lidar com emoções. Até porque, não é fácil conseguir manter-se sereno diante das adversidades administrando as emoções.

Enquanto uns acreditam que são responsáveis pela construção da sua própria história e seguem em busca de alcançar aquilo que tanto almeja, outros optam por assumir o papel de vítima.

Aqueles que adotam tal postura, atribuem tudo o que acontece em suas vidas, à má sorte, ou a interferência de terceiros. Distorcem a realidade e terceirizam a responsabilidade. Alguns são extremamente dramáticos e manipuladores, e muitas vezes acabam sendo preservados de críticas, por serem mais suscetíveis à compaixão. Aqueles que agem diferente em relação a uma suposta vítima, podem ser considerados insensíveis.

Pessoas que apresentam tal padrão, alimentam em nós um sentimento de culpa, fazendo com que de alguma forma nos sentimos responsáveis por algo. Nos levam a repensar a nossa vida, nossas escolhas, fazendo-nos esquecer quem somos, e principalmente o caminho árduo percorrido para chegar aonde estamos. E ao invés de nos sentirmos alegres pelas nossas conquistas, nos sentimos culpados pelo o outro não alcançar o mesmo patamar.

Precisamos ter bastante cuidado ao nos aproximar de pessoas que ao invés de comemorar conosco as nossas conquistas, desenvolvem em nós um sentimento de tristeza a ponto de nos colocarmos em posição inferior para que o outro se sinta melhor.

Diante de tantas lutas, de uma caminhada árdua de esforço e dedicação, é saudável nos diminuirmos para que o outro cresça e se sinta melhor?

Antes de amar o próximo, é preciso amar a nós primeiro. Ninguém que valha à pena, permite que você se diminua para que ele cresça. Esse tipo de sentimento é egocêntrico e maléfico.

Que possamos reavaliar os nossos relacionamentos e nos afastar de todos aqueles que a todo custo se esforçam para nos diminuir e crescerem às custas do nosso altruísmo.