Resíduo do processamento da castanha-de-caju produz painéis solares

Líquido da casca de castanha de caju (LCC), resíduo industrial utilizado no experimento da pesquisa (Foto: Viktor Braga/UFC)

Pesquisa mostrou um produto mais eficiente a partir desse resíduo

Renovável e não poluente, a energia solar é gerada pela luz e calor do sol. Essa fonte de energia limpa é captada por painéis solares e, para fazer essas placas, cientistas estão aproveitando um líquido escuro e viscoso que sobra do processamento da castanha-de-caju, conhecido como LCC.

A pesquisa realizada na Universidade Federal do Ceará mostrou que é possível fabricar um produto mais eficiente, a partir desse resíduo, como explica o professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Materiais, Nivaldo Aguiar.

De acordo com o pesquisador, esse rejeito industrial gera dano ao meio ambiente, já que deixa o solo estéril. As indústrias, sem ter o que fazer com o LCC, costumam armazená-lo em grandes reservatórios.

Além de dar um destino sustentável, Nivaldo Aguiar revela que a aplicação desse material na geração de energia pode diminuir o custo de fabricação de placas solares.

Os pesquisadores trabalham com o aproveitamento do LCC há cerca de três anos. Na próxima etapa, os cientistas pretendem fazer testes de custo e registrar a patente do sistema.

Agência Brasil.