Somos os artífices do nosso destino

Imagem: da internet.

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim” - Chico Xavier.

O homem é um ser em constante evolução que tem na sua própria natureza o desejo de estar sempre em ascensão, seja moral, intelectual, sentimental ou material; sentimentos estes que o leva a incessante busca de novas conquistas. É do prazer das suas vitórias que nasce o sentimento de felicidade, emoção esta que, para o ser humano, seja talvez, o ponto máximo, o êxtase de tudo que se poderia alcançar como bem estar em uma vida aqui na terra.

Mas a felicidade é um sentimento íntimo e abstrato, onde cada um contempla da sua forma. Seria muita pretensão querer explicar, criar regras ou manuais para atingi-la. No entanto, sabemos que a felicidade tem fonte na satisfação das realizações, o que eleva a autoestima, produzindo bem-estar e sensação de prazer pessoal.

Realizações e conquistas, no entanto, têm sido algo difícil diante de um mundo capitalista, onde quase tudo gira em torno da posse, onde cada um só vale o que tem. Assim, o mundo se tornou cada vez mais competitivo, onde temos que dividir espaço ombro a ombro com pessoas dispostas ao vale tudo para conquistar lugar e fazer brilhar a sua estrela; nem que para isso, tenha que passar por cima de tudo e de todos. O outro caminho seria capacitar-se, tornando-se competente e vencendo pela qualidade, pelo conhecimento e virtudes. Como preparar-se é preciso disciplina e coragem, a grande maioria esbarra no maior inimigo, que é ele mesmo, na sua falta de fé e de ânimo em vencer os obstáculos.

São poucos os que ainda acham o caminho pronto para trilhar nos dias de hoje. A grande maioria precisa buscar e desbravar seus horizontes. Diante das dificuldades, são muitos os que desistem antes mesmo de tentar. Daí nasce muitas frustrações, tanto por não ter arriscado e tido coragem de passar por cima de tudo e todos, como também em não dedicar-se na busca do aperfeiçoamento e conhecimento que o levaria a vitória.

Nasce, a partir daí, o sentimento de revolta, muitas das vezes contra o mundo, quando ele é o artífice do próprio destino. Há quem coloque a culpa na família, na falta de oportunidades, nos poderes constituídos. Mas sabemos que Deus, na sua bondade, dá a todos iguais condições, pois se assim não fosse, haveria injustiça, sentimento este irracional, pelo menos para os que têm fé no Criador, na Sua bondade e justiça para com Seus filhos.

Reflitamos sobre a história de João e Mário

João é um importante empresário. Mora em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade. Enquanto isso, em bairro mais pobre de outra capital, vive Mário.

Num belo dia, João deu um beijo em sua amada e fez, em silêncio, a sua oração matinal de agradecimento a Deus pela sua vida e suas realizações. Após tomar café com a esposa e os filhos, se dirigiu a uma de suas empresas.

Chegando lá, cumprimentou a todos com um sorriso. Tinha ele inúmeros contratos para assinar, decisões a tomar, mas a primeira coisa que disse para sua secretária foi: "Calma, fazer uma coisa de cada vez, sem estresse". Ao chegar a hora do almoço, ele foi para casa curtir a família. Como já era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa, saiu com a família para jantar e depois foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação de como vencer na vida.

Enquanto isso, em bairro mais pobre de outra capital, vive Mário. Como fazia em todas as sextas-feiras, Mário foi para o bar jogar sinuca e beber com amigos. Mário não têm filhos, e está também sem uma companheira. Naquele dia, Mário bebeu mais algumas e jogou até o dono do bar pedir para ele ir embora. Sentado na calçada, Mário chorava pensando no que havia se tornado sua vida, quando alguém apareceu após levá-lo para casa e curando um pouco o porre, ele perguntou a Mário: - "Diga-me por favor, o que fez com que você chegasse até o fundo do poço desta maneira?" Mário então desabafou: - A minha família... Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável.

Enquanto isso, na outra capital, João terminava sua palestra para estudantes. Já estava se despedindo quando um aluno ergueu o braço e lhe fez a seguinte pergunta: - "Diga-me por favor, o que fez com que o senhor chegasse até onde está hoje, um grande empresário e um grande ser humano?" João emocionado, respondeu: - "A minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu, por falta de condições, eu saí de casa, decidido que não seria aquela vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, chamado Mário, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma.

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”. - Chico Xavier.

Gal Pessoa.