Tecnologias impactam comportamentos

Imagem ilustrativa.

GRACIELA PELEGRINI | Todos os dias, milhares de novas tecnologias surgem em nossas vidas e, junto com isso, mudanças gigantescas em nossos hábitos e comportamentos acontecem. Eu aposto que em algum momento você já ficou irritado com alguma tecnologia, resmungou e acabou pensando que era tão mais fácil antes da "invenção daquilo". É comum nos frustramos com o aparelho celular, um computador, ou até mesmo um eletrodoméstico novo que não sabemos "lidar" muito bem, não é verdade?

As coisas mudam em uma velocidade assustadora. O que hoje é moderno, daqui a um mês já está ultrapassado. O mais interessante, e diga-se de passagem, o que me faz ser apaixonada por essa área, é que cada nova tecnologia que surge, muda todo o comportamento de uma nação. Quer um exemplo? Com a chegada dos automóveis não foram apenas fábricas que surgiram, mas estradas foram construídas, surgiram postos de combustível, oficinas mecânicas, leis de trânsito, semáforos, radares além de escolas para ensinar às pessoas a dirigir. O homem passou a explorar novos territórios, cidades se espalharam e se desenvolveram; enfim, mudou todo um cenário. Uma única tecnologia - nesse caso, o automóvel - deu origem a inúmeras outras.

Essa regra de transformação no comportamento, hábitos e costumes valem para qualquer tecnologia que surge. Isso acontece tanto para as tecnologias mais simples, como uma pá, por exemplo. Sim, uma pá - imagina que antes da invenção da pá, o homem ‘cavava’ com as mãos - quanto para tecnologias mais complexas como os tão utilizados smartphones que mudaram o jeito de nos comunicarmos. Antes, ligávamos para o local que a pessoa poderia estar; hoje, quando ligamos, é diretamente para a pessoa, independentemente de onde ela possa estar. Sem falar que a tecnologia do smartphone acabou com os orelhões (telefone público fixo), substituiu o computador pessoal, o rádio, o relógio, a câmera fotográfica, GPS, mudou nossa forma de "ver revistas", "ler jornais", mudou nosso jeito de ir ao banco. Enfim, nos transformou.

Pela primeira vez na história, estamos convivendo com cinco gerações ao mesmo tempo. Antigamente, uma pessoa com 40 anos, ou 50 anos já estava bastante debilitada. Hoje é comum pessoas com 70 anos, terem uma vida ativa, graças à tecnologia. A tecnologia nos permitiu viver mais, fazer menos esforços braçais, realizar procedimentos médicos preventivos e, por consequência, o aumento da longevidade.

Claro que a tecnologia, assim como qualquer outra coisa em excesso, é prejudicial. Muitas tecnologias, por vezes, não são recebidas pela população em geral. Porém, não adianta você ir contra determinada tecnologia. Atualmente vejo muitas pessoas revoltadas dizendo que as máquinas vão acabar com os empregos e que as pessoas estão viciadas em tecnologia. Tudo bem, até concordo em partes, mas isso é tema para outro artigo. O que eu quero dizer é que o simples fato de você gostar ou não de uma tecnologia, não vai fazê-la deixar de existir e, por consequência, de impactar o mundo.

Você pode ficar para trás, se optar por não aderir a uma tecnologia. A tecnologia muda não só o comportamento das pessoas, mas também as habilidades exigidas. Quer um exemplo? Quem calcula melhor uma rota para ir do ponto A ao ponto B, na grande São Paulo? Um taxista experiente, ou um aplicativo como o Waze? Pois é, hoje em dia, algumas habilidades não dependem mais do homem, dependem da tecnologia. Hoje, qualquer pessoa pode dirigir pela melhor rota em São Paulo, mesmo não conhecendo praticamente nada da cidade, basta ela dominar a tecnologia.

E para finalizar esse artigo, deixo uma mensagem para você, leitor:

“Ao invés de desacreditar, criticar ou se revoltar com alguma tecnologia, sugiro a você mirar seus esforços em dominá-la. Com certeza, isso trará muito mais benefícios para sua vida”.