Vacinas contra a Covid-19: uma esperança ainda suspeita

Tarcísio Meira.

Antes mesmo da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para as primeiras aplicações de vacinas contra a Covid-19 no Brasil, já havia questionamentos em relação à eficácia de todas elas. O tempo para o seu desenvolvimento, produção, distribuição e aplicação era o assunto diário de debates entre especialistas da área e entre cidadãos comuns, meros curiosos que não sonhavam com outra coisa senão com uma vacina capaz de imunizá-los contra o temido vírus.

A Coronavac, cuja eficácia é de apenas pouco mais de 50%, foi a vacina que primeiramente pôde ser aplicada no Brasil, tendo, inclusive, o seu maior defensor, o governador de São Paulo, João Dória, exagerado na publicidade de uma conquista que acreditava ser seu maior cabo eleitoral com vistas a uma possível candidatura à Presidência da República em 2022.

Depois da Coronavac, vieram para o Brasil as vacinas AstraZeneca, Pfizer e Janssen, cada uma com seus percentuais de eficácia oficiais divulgados na grande mídia e nas redes sociais, sem, entretanto, haver por parte das autoridades de saúde responsáveis pelas suas aplicações a possibilidade de a população brasileira ter a opção de escolher a vacina de sua preferência.

Segundo publicações facilmente acessíveis pelo Google, "Uma vacina com uma taxa de eficácia menor não significa que a pessoa irá morrer se contrair Covid-19. É importante lembrar que para ter a eficácia completa oferecida pelas vacinas é necessário tomar as duas doses, se assim for prescrito, ou então, a dose única, como é o caso da Janssen".

Fato incontestável é que não há no Brasil outra saída contra a Covid-19, ao menos dentro dos conformes estabelecidos pelos perseguidores da autonomia médica, senão as vacinas disponíveis no País, independentemente de suas reais eficácias, cujos percentuais não revelam qual a melhor e a pior vacina até aqui aplicada nas veias da população brasileira.

Os internamentos do casal de atores brasileiros Tarcísio Meira e Glória Menezes, infectados pela Covid-19 mesmo após terem tomado as duas doses da Coronavac, causaram aflição e, em seguida, comoção à população brasileira, quando o ator foi intubado e, não resistindo aos danos gerados pelo vírus, veio a óbito no último dia 12 de agosto.

Num momento deste, o dedo acusatório dos caçadores de bruxos e bruxas dá lugar ao luto pelos que não resistiram ao maldito vírus e às orações pelos que estão conseguindo evitá-los, bem como pelos que foram infectados e conseguiram sobreviver. Afinal, acreditando ou não na vacina, o jeito é tomá-la e rezar, orar, enfim, para que os resultados sejam a da sonhada imunização de toda a população deste país.