Velejadora Guta Favarato é agredida por "piratas" em Camamu

Foto retirada do seu perfil, no Facebook.

Uma velejadora denunciou um suposto ataque "pirata" que sofreu na cidade de Camamu, no Baixo-Sul da Bahia. Nas redes sociais, nesta quarta-feira (24), Guta Favarato contou que foi abordada por dois homens armados com facas, enquanto estava sozinha. No relato, a velejadora contou que foi amarrada e agredida por um dos homens, que subiu a bordo em busca de dinheiro.

“Fui dominada, amordaçada, presa pelos pés em uma cadeira e as mãos nas costas. Eles perguntavam por dinheiro, só dinheiro, que estava em uma mochila, mas amordaçada, eu não tinha como responder e por isso apanhei. No rosto, nas pernas, nas costelas e estômago. Quando encontraram a bolsa, levaram o dinheiro que tínhamos a bordo e mais nada”, diz.

De acordo com Favarato, ela conseguiu pedir ajuda pelo rádio após os homens saírem do local. Eles estavam em uma canoa. “Minha pressão caiu e desmaiei. Quando acordei, meus pés estavam roxos pelo aperto da fita na cadeira. Tive que me machucar mais ainda para conseguir pedir ajuda pelo rádio VHF. Estou toda dolorida e com machucados bem feios que não vale a pena compartilhar”, relata.

Ela e o marido Fausto Pignaton foram o primeiro casal capixaba a dar a volta ao mundo em um veleiro. Eles iniciaram a sua volta ao mundo em 2012. Depois de três anos e oito meses velejando, conheceram mais de 30 países.

Relato de Guta Favarato, em sua página no Facebook:

Estamos fundeados em Camamú -BA e hoje, após Fausto sair com o Xerife para uma caminhada, fui surpreendida por dois homens. Um ficou na canoa e o outro subiu à bordo, com uma faca na mão.
Quando percebi o perigo, infelizmente não havia uma arma na mão, pois eu teria tempo de reagir.
Fui dominada, amordaçada, presa pelos pés em uma cadeira e as mãos nas costas.
Eles perguntavam por dinheiro, só dinheiro, que estava em uma mochila, mas amordaçada, eu não tinha como responder e por isso apanhei.
No rosto, nas pernas, nas costelas e estômago.
Quando encontraram a bolsa, levaram o dinheiro que tínhamos à bordo e mais nada.
O cara da canoa dizia: Rápido, só pegue dinheiro.
Minha pressão caiu e desmaiei.
Quando acordei, meus pés estava roxos pelo aperto da fita na cadeira.
Tive que me machucar mais ainda para conseguir pedir ajuda pelo rádio VHF.
Gostaria de agradecer ao Barba Negra que me desatou, e a todo pessoal: Caboges, Strega, Beijupirá que foram carinhosos e cuidadosos comigo.
Estou toda dolorida e com machucados bem feios que não vale a pena compartilhar.
Toda a comunidade está se esforçando para encontrarem os bandidos, um paraíso como esse não pode ser contaminado com a impunidade.