Victor Oliveira admitiu que segurou Sara Mariano para bispo esfaquear

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A investigação do Caso Sara Mariano começa a traçar uma linha do tempo completa do crime que chocou o Brasil. A reportagem confirmou que Victor Gabriel, um dos suspeitos do crime, confessou que estava no carro com Wesley de Jesus, também conhecido como Bispo Zadoque, e com Gideão Duarte, que supostamente dirigia o veículo. Os três acusados passaram por uma acareação na delegacia de Dias D'Ávila nesta quinta-feira (16).

"Ele se apresentou voluntariamente e negou inicialmente. Mas, depois da acareação com Gidedão e Zadoque, ele não aguentou e pediu desculpas", revelou o advogado Marco Pavã, representante de Victor Oliveira.

Conforme o relato Victor, ele teria segurado Sara Mariano enquanto Bispo Zadoque esfaqueou a cantora gospel. Depois, os três foram na casa de Ederlan e entregaram o celular dela para ele e pegaram uma quantia em dinheiro. Inicialmente, o bispo iria fazer tudo sozinho. Contudo, Sara teria tentado se defender na hora e conseguido fugir, sendo alcançada pelos criminososo na sequência.

Victor também detalhou sobre como o corpo da cantora gospel foi incinerado. O primeiro crime (o esfaqueamento) ocorreu na terça, dia 24 de outubro. No dia 26, os criminosos voltaram na casa de Ederlan e ele disse que era melhor voltar e incinerar Sara, um vez que o caso teria ganhado ampla repercussão na imprensa. O que foi feito pelos três durante a madrugada do dia 26 para o dia 27, data em que o corpo foi encontrado pela polícia.

Victor também revelou que Ederlan iria investir na carreira musicial de Zadoque, o que não aconteceu. Um pagamento de R$ 15 mil também teria sido prometido. Victor também disse que é boato a informação de que Zadoque e Ederlan seriam amantes.

Após o assassinato, Ederlan teria entregue R$ 900 a Zadoque, R$ 500 para Victor e R$ 300 para Gideão. Um outro suspeito, que teria conhecimento do crime, mas não participou, teria recebido R$ 200 para ficar quieto.

Gideão Duarte e o Bispo Zadoque seguem presos após a Justiça decidir manter a prisão temporária. Eles passaram por audiência de custódia no final da manhã desta quinta-feira (16). Ederlan, o mandante do crime, também segue preso. Já Victor foi liberado após prestar depoimento na delegacia e deve responder em liberdade pelo crime. Também foi apurado que existe a possibilidade de uma mulher ainda não identificada estar envolvida no crime.