12º dia de ataques no Ceará: Ponte na BR-116 e Juizado Criminal são atacados com explosivos
Neste domingo, o Estado do Ceará completa 12 dias seguidos de violência.
Facções criminosas voltaram a cometer ataques no Ceará durante a madrugada deste domingo (13). Uma ponte na BR-116, que passa sobre o Rio Choró, no município de Chorozinho, região metropolitana de Fortaleza, foi atacada com explosivos e posteriormente interditada.
A Polícia Rodoviária Federal não informa sobre a dimensão do dano. No interior e na capital, veículos também foram incendiados.
Também nesta madrugada, carros particulares em Umirim, no interior do Ceará, e em Fortaleza, foram incendiados. Além destes casos, um explosivo foi detonado em frente ao Juizado Especial Criminal de Fortaleza.
Neste domingo, o Estado do Ceará completa 12 dias seguidos de violência. A onda de ataques teve início no dia 02 de janeiro, após a posse do novo secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque.
Ao tomar posse, ele fez duras declarações contra o crime organizado no estado. Disse que não reconheceria a atuação das facções criminosas e que acabaria com a separação desses grupos por presídios no Estado.
No Ceará, atuam pelo menos três grandes facções: o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro; o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo; e os Guardiões do Estado (GDE), fundado em território cearense. Há ainda franjas da Família do Norte (FDN), do Amazonas, com atuação no Ceará, mas em proporção bem menor.
Pacote de medidas
Neste sábado (12), deputados estaduais aprovaram um pacote de medidas com o objetivo de combater a onda de ataques. Uma delas é a Lei da Recompensa, que pagará em dinheiro quem denunciar os autores dos crimes.
As outras medidas são: retiradas das tomadas em celas de presídios; aumento de 48 para 84 o máximo de horas extras que policiais civis, militares e bombeiros podem fazer por mês; convocação de policiais da reserva para atuar nas ruas; criação de banco de informações sobre veículos destruídos; restrição de pessoas no entorno de presídios para evitar fugas; criação do Fundo de Segurança Pública (terá reserva para investir na prevenção de crimes e pagar beneficiados da Lei da Recompensa), e a regularização de tropas de policiais militares cedidas por outros Estados.
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