129 primaveras, parabéns Gentio do Ouro!

Imagem ilustrativa.

Dia 09 de julho é uma data marcada pelas mãos do tempo que virou cento e vinte e nove páginas no calendário da história, data que trouxe a liberdade política dessa terra querida e hospitaleira, gente que, com seu trabalho diário, edificou a bravura do município de Gentio do Ouro.

Lembrado pelas suas riquezas minerais, culturais  e belezas naturais, Gentio do Ouro serviu de referência para o saudoso e grande mestre Carlos Drummond de Andrade, que citou o município em um dos seus poemas, no qual ele lamentava não ter conhecido a Bahia. O poema se chamava: “O poema da Bahia que não foi escrito”.

Um dia – faz muito tempo, muito tempo – achei que era imperativo fazer um poema sobre a Bahia, mãe de nós todos, amante crespa de nós todos.

Mas eu nunca tinha visto, sentido, pisado, dormido, amado a Bahia.

Ela era para mim um desenho no atlas,

onde nomes brincavam de me chamar:

Boninal,

Gentio do Ouro,

Palmas do Monte Alto,

Quijingue,

Xiquexique,

Andorinha.

– Vem... me diziam os nomes, ora doces.

– Vem! ora enérgicos ordenavam

Não fui.

Deixei fugir a minha mocidade,

deixei passar o espírito de viagem

sem o qual é vão percorrer as sete partidas do mundo.

Ou por outra, comecei a viajar por dentro, à minha maneira.

*Trechos do poema de Carlos Drummond de Andrade