- Imagem Ilustrativa -

Na madrugada desta sexta-feira (07/12), uma operação da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) destruiu uma carga com cerca de vinte e cinco mil bananas, provenientes do município de Mirangaba, que seguiam para ser comercializadas nas feiras livres da região de Jacobina.

O caminhão com a carga foi interceptado na BA-131, entre os municípios de Saúde e Caém, através de blitz montado por prepostos do escritório regional de ADAB, sediado em Miguel Calmon, com o apoio da Polícia Militar.

De maneira constrangedora, os produtores rurais, que também são feirantes, foram obrigados a descarregar toda a mercadoria. Sem poder fazer nada, eles ainda tiveram que presenciar a destruição do fruto do seu trabalho, ou seja, mais de 25 mil bananas que foram colhidas com muito sacrifício por comunidades quilombolas, sediadas na região da grota, no município de Mirangaba, e que como principal base da sua economia a agricultura familiar.

Por sua vez, a ADAD justifica que ação aconteceu porque os agricultores não portavam a Permissão de Trânsito Interno Vegetal (PTIV), obrigatória para quem faz o transporte dentro do Estado da Bahia.

O documento é emitido pelo escritório da ADAB e comprova que as bananas não estão infestados com doenças como a Sigatoka-negra ou Sigatoka-amarela, considerada a doença mais destrutiva da cultura da bananeira. O objetivo da operação é impedir que essas doenças sejam transmitidas para outras áreas que estão livres dessas pragas.

Mas, para os agricultores, antes de aplicar punições, o Governo do Estado deveria primeira orientar e qualificar o produtor, especialmente aqueles que trabalham na agricultura familiar que, além da precariedade das estradas, vivem amedrontados com as constantes operações da ADAB, sempre com fortes aparatos policiais, nivelando homens e mulheres trabalhadoras a criminosos comuns.