Alba aprova aumento da contribuição previdenciária e mudanças no Planserv

A reforma foi aprovada com 42 votos da bancada do governo
Em uma sessão turbulenta, a Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira (12/12) projetos que integram a reforma administrativa do governador Rui Costa (PT). Com isso, a contribuição previdenciária dos servidores sobe de 12% para 14% e o repasse do governo no Planserv reduz de 4% para 2%.
A reforma foi aprovada com 42 votos da bancada do governo. A oposição deixou a votação em protesto.
A PEC do teto vai ser votada segunda-feira (17/12), em primeiro turno, e sexta-feira (21/12), no segundo.
Projeto polêmico
O PL 22.971/2018 aumenta a contribuição do servidor público para a Previdência de 12% para 14%. Na prática, segundo os servidores, o incremento será de quase 17% no valor líquido do salário.
“Nós já estamos há 4 anos sem reajuste e temos a previsão de mais 4. Nunca vimos um governo em que o salário dos servidores tenha diminuído. Agora eles querem tirar mais 2% do salário para a Previdência. Quem quebrou a Previdência não fomos nós. Foi a contratação que ele fez e inflação de salários que algumas categorias receberam”, afirmou Diana Simões.
A redução do repasse para o Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos da Bahia (Planserv) de 4% para 2%, o que significa na prática uma redução anual de R$ 200 milhões em repasses, também foi alvo de indignação conjunta dos servidores.
A medida está embutida em um projeto de lei administrativo que, entre outras medidas, prevê a extinção de órgãos, como a Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) e o Centro Industrial de Subaé (CIS), e cargos comissionados na administração.
A Frente em Defesa do Servidor criticou o “excesso” de contratação de pessoas por terceirização e por Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). “Como estes trabalhadores contribuem para o Regime Geral da Previdência Social, e não para o Funprev, isso reduz drasticamente o número de contribuições tornando o volume insuficiente para os novos aposentados”, diz em nota.
PRINCIPAIS MUDANÇAS
Contribuição previdenciária
Como é hoje Os servidores estaduais contribuem com 12% de seus rendimentos para a Previdência.
Como fica com o PL A alíquota da Previdência sobe de 12% para 14%. Os servidores argumentam que, na prática, o
percentual chega a 16,7% no salário líquido. Servidores ainda têm dúvida com relação a quais categorias entram na mudança e se isso de fato atingirá o salário líquido.
Planserv
Como é hoje Atualmente o governo repassa R$ 400 milhões anuais para o plano de saúde do funcionalismo.
Como fica com o PL Com a nova lei, o repasse estadual irá diminuir pela metade. Os servidores não sabem de que forma isso irá atingí-los. Argumentam que o preço do plano pode aumentar, que beneficiários podem ser retirados do alcance do plano e que o Planserv pode acabar sendo sucateado e terceirizado. O governo nega todas as possibilidades e afirma que o plano irá melhorar, com a realização de novas auditorias administrativas.
Reforma administrativa
Como é hoje Cerca de 800 pessoas que hoje estão empregadas de forma comissionada poderão perder seus empregos. Além disso, o Centro Industrial Subaé (CIS) e a Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) existem. A Bahia Pesca também.
Como fica com a PEC Os 800 cargos comissionados devem ser extintos. O Centro Industrial Subaé (CIS) e a Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) serão extintos. Ainda não há definições sobre o destino da Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder), que também constava na lista. A Bahia Pesca, por sua vez,
deverá ser privatizada ou passará a ser gerida por meio de parceria público-privada (PPP). Outros nove órgãos serão reestruturados. Ainda não se sabe como ficarão os órgãos após a nova definição do governo ou o impacto disso para a prestação de serviço para a população.
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