Alunos do interior da Bahia desenvolvem bioplástico feito com sisal
Imagens: divulgação.
Estudantes da cidade de Araci são finalistas de competição global de inovação pela criação do material
Ao perceberem a quantidade de luvas descartáveis acumuladas ao final das aulas práticas do curso de análises clínicas, oito estudantes de Araci, cidade do interior da Bahia, deram início a um projeto para desenvolver um material mais sustentável para confecção destes itens.
Adrielle Pietra, Isabel Silva, Luan Santos, Maria Isabella e Sarah Moura, do Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal II, começaram então a trabalhar em uma solução para reduzir o acúmulo de resíduos. E não precisaram ir longe para encontrar a matéria prima.
Foto: Pixabay
“Aqui em nossa cidade produzimos bastante sisal, o nosso ‘ouro’ local. A fibra dele é usada para artesanato. Por isso, tivemos a ideia de produzir um bioplástico a partir do sisal e, com esse bioplástico, produzirmos luvas que poderiam substituir as luvas descartáveis. Colocamos a mão na massa para produzir o bioplástico, fizemos vários testes até chegar ao nosso resultado final”, afirma a professora Pachiele Cabral professora, pós-graduada em Microbiologia, que é a orientadora dos estudantes neste projeto.
O projeto ainda está em andamento, mas o bioplástico feito de sisal já é uma realidade. A próxima etapa é testar as luvas feitas com o novo material. “Pretendemos testar a qualidade da nossa luva para ajustarmos as necessidades e fazer os testes de resistência, flexibilidade e contaminação microbiológica. Ao final do projeto esperamos ter uma luva que seja segura e confortável para o usuário, mais barata e mais biodegradável que a luva descartável comercial”, afirma a professora.
Foto: Pixabay
Para Maria Isabella, uma das partes mais desafiadoras do projeto foi criar uma base para o material. “O desenvolvimento do bioplástico foi um pouco complicado para criar a metodologia, pois não existia um bioplástico da agave sisalana, então tivemos que criar”, pontua.
Prêmio internacional
Além de trazer uma alternativa mais sustentável para as luvas descartáveis, o trabalho dos estudantes de Araci pode render um prêmio para o Brasil na 9ª edição do Solve for Tomorrow, ou Respostas para o Amanhã, um programa global de cidadania da Samsung que reconhece e incentiva soluções para um mundo melhor.
Foto: Reprodução | Solve For Tomorrow
O concurso estimular alunos e professores da rede pública de ensino a desenvolverem soluções para problemas locais por meio da abordagem sustentáveis, utilizando a ciência, tecnologia, engenharia e a matemática como fundamentos. No Brasil, o Norte e Nordeste são as regiões com mais projetos finalistas nesta edição.
As expectativas de Luan Santos, integrante da equipe, são as melhores possíveis. “No primeiro ano do projeto já estarmos na final, é muito gratificante. Minha expectativa é ficarmos em 1° lugar no programa da Samsung ou entre as 3 posições”, afirma.
Foto: Divulgação.
Além da equipe de estudantes de Araci, outros 9 projetos de alunos de escolas brasileiras estão concorrendo ao prêmio da etapa nacional. Entre os dias 8 a 20 de novembro, as equipes vão divulgar vídeos falando sobre cada projeto que estarão disponíveis no site do programa. Os vídeos vão receber votos para a definição dos 3 projetos vencedores.
Cada escola vencedora será contemplada com uma Smart TV 55 polegadas da Samsung, assim como todos os alunos que compõem as equipes vencedoras. O grupo que conquistar o 1° lugar leva 1 smartphone Galaxy da Série S, o 2° lugar leva um notebook e o 3° lugar 1 smartwatch.
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