APLB inicia ato de paralisação da Rede Municipal de Ensino em Irecê

Foto: Juliano Ferreira.

O movimento teve início na manhã desta quarta-feira, na Praça da Caixa Econômica Federal, responsabilizando o prefeito Elmo Vaz pela falta de diálogo e reivindicando pagamento imediato da reposição do Piso Salarial de 33,24%. Secretário avalia movimento como direito e diz que não afetou as atividades escolares. Saiba mais!

“Profissionais de educação na rua, prefeito a culpa é sua!”, “Piso é lei! Não vamos retroceder”, “Instalação da Mesa de negociação, já!” e “Reajuste já! 33,24%, está na lei”, são as palavras de ordem do movimento de paralisação dos professores da Rede Municipal de Ensino de Irecê, de iniciativa da APLB/Sindicato – Delegacia do Feijão, que reivindicam, essencialmente o cumprimento do decreto publicado pelo governo federal, para reajuste de 33,24% dos Piso Nacional e instalação de uma “Mesa de Negociações” com a gestão municipal de ensino.

O ato teve início na manhã desta quarta-feira, 9, na Praça da Caixa Econômica Federal, em Irecê, sem tempo determinado para ser concluído.

Professora Márcia Fernandes: “Gestão municipal de Irecê não abre diálogo” – Foto: Rede Social/Reprodução

Para a professora Márcia Fernandes, uma das coordenadoras da APLB/Sindicato, a paralisação se faz necessária pela intransigência do município que, segundo ela, insiste em não dialogar com a categoria. Em sonora do jornalista Juliano Ferreira, para a Rádio Vida, ela disse que “os trabalhadores e trabalhadoras da Rede Municipal de Irecê, paralisaram suas atividades devido à falta de diálogo com a gestão municipal e pela falta de atendimento da pauta de reivindicações”.

De acordo com ela, a A APLB/Sindicato “protocolou uma pauta de reivindicação no município e até o momento ainda não teve avanço. Por isso estamos na rua, fazendo a denúncia e cobrando da gestão municipal, que seja instalada a mesa de diálogo para debater e encontrar soluções para a pauta de reivindicação, principalmente o debate sobre os precatórios do Fundef, a vinculação de 60%, o retroativo do pagamento da mudança de nível de quem deu entrada e não foi atendido, reajuste salarial dos atendentes de classe, o piso do magistério de 33,24% e que até o momento a gestão não sinalizou cumprimento, uma conquista da categoria, fruto de luta desde 2008, que não é bondade de gestão, de governo federal, mas fruto de muita luta dos sindicatos e dos profissionais, que lutam por dignidade e respeito, bem como qualidade do ensino”, disse a professora Márcia.

Além da pauta de reivindicação, a entidade já definiu o rito de atividades durante o período de paralisação. No primeiro dia, instalação de ponto de apoio, com materiais de divulgação contendo informações e justificativas e “Carreata da Educação”. Às segundas-feiras, os participantes vestirão camisas alusivas à “Campanha do Precatório do Fundef”. Todas as quartas-feiras os professores usarão roupas pretas.

Todos os dias, será realizado adesivaço de veículos com temas focados na pauta de reivindicação e principalmente salarial e fortalecimento da política de valorização dos profissionais da educação.

Mensagens enviadas pelo site Cultura&Realidade, por aplicativo de WhatsApp e ligações à coordenação da APLB, para avaliação do movimento e pedidos de outras informações, não foram respondidas até o fechamento desta edição.

Agnaldo Freitas: “A paralisação é um direito, porém abusiva. Não afetou o fluxo das atividades escolares” – Foto: Redes Sociais/Reprodução

ATO COMO DIREITO DEMOCRÁTICO – Para o secretário de educação do município, Agnaldo Freitas, a “paralisação articulada pela APLB/Sindicato é um direito democrático, que deve ser respeitado, mas que não afetou nenhuma unidade escolar. Do total acima de 600 profissionais de ensino, pouquíssimas foram as adesões ao movimento, o qual considero abusivo, uma vez que sempre ouvimos a categoria. As aulas programadas estão com seus respectivos fluxos funcionando normalmente.”, informou Freitas.