As baixarias pessoais dentro de grupos políticos do Whatsapp
Imagem ilustrativa / Maurício Ricardo - UOL.
EDILSON ROCHA | A baixaria no meio político de Xique-Xique, cidade que assim como outras milhares de cidades brasileiras irá realizar eleições para prefeitos e vereadores, efetivamente já começou, ou, por que não dizer, já recomeçou, haja vista ter esse ponto negativo e vergonhoso local se tornado uma praxe em todos os anos que o povo deposita nas urnas as escolhas dos políticos nos quais confia para administrar por quatro anos o Município.
A eleição municipal é em outubro e atualmente o mês é de março. Entretanto, os boca-sujas, os xingadores, os desprovidos de qualquer senso de boa convivência dentro da sociedade já estão usando maciçamente as redes sociais, não obviamente para debater política, ainda que a campanha eleitoral tenha ainda alguns meses para ser iniciada, mas para denegrir a imagem, o caráter das pessoas, notadamente quando estas pessoas são justamente candidatas a prefeito e a vereadores ou mesmo suas meras eleitoras.
O Whatsapp, que muitos especialistas consideram um aplicativo e não uma rede social, permite a criação de grupos cujas finalidades possam ser as mais diversas, entre as quais debater assuntos específicos, como, por exemplo, os relacionados à política. Todavia, em muitos grupos não é bem isso que acontece. Inicialmente, até que a política é a protagonista, mas não demora muito tempo para que ela se torne um grupo de total desrespeito. Para tanto, basta um único membro expor opiniões divergentes das opiniões de seus interlocutores. A baixaria se inicia, com pessoas falando que fulano trai sicrana, que fulano ou fulana é gay.... E por aí vai. Cria-se aí uma verdadeira revista virtual de fofocas.
No Whatsapp, realmente, a baixaria rola solta, exceto nos grupos criados exclusivamente para apoiar um determinado candidato. Quando o grupo adiciona pessoas de vários segmentos políticos, dificilmente o bom nível dos debates é mantido. Assuntos de vida pessoal passam a substituir os debates políticos de uma forma tão extrema, tão dura e tão suja, que assustam, pois nem todos os debatedores se conhecem pessoalmente. E quando se observa a existência de perfis fakes, a situação se agrava ainda mais.
Diante desses horrores, por enquanto apenas na base virtual, há de se temer pelo que possa vir a acontecer se nada for feito para coibir as baixarias no Whatsapp e até mesmo, embora em menor escala, no Facebook. Há de se temer que as ofensas saiam da esfera virtual e entrem na esfera real, cujas consequências somente Deus seria capaz dimensionar o perigo e os riscos de terríveis tragédias.
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