Atriz Daisy Lúcidi morre vítima do coronavírus

Foto divulgação.

Ela estava internada desde o dia 25 de abril, no Rio de Janeiro

A atriz e radialista Daisy Lúcidi, de 90 anos, é mais uma vítima da covid-19. Ela morreu do Hospital São Lucas, em Copacabana, Zona Sul do Rio, onde estava internada desde o dia 25 de abril. 

Natural do Rio de Janeiro, Daisy estrou no mundo da televisão na década de 1960, na minissérie Nuvem de Fogo, de Janete Clair, na TV Rio. A última produção dela nas telinhas foi em ‘Os Homens São de Marte…’, em 2015.

O neto da atriz fez uma homenagem para ela no Facebook, e contou que ela não acreditava ter sido infectada pelo coronavírus quando foi internada. "Semana passada, apesar de toda precaução que estávamos tendo com ela, minha avó passou mal. A caminho do hospital disse pra minha irmã: “Não se preocupe não minha filha, não peguei essa doença”. Ironia do destino... Seu forte amor pela vida, o motor que sempre a moveu, não a fazia enxergar a dura realidade dos números e a levou falsamente a acreditar que a morte não era opção". 

Carreira

Daisy fez sua estreia no mundo artístico aos 6 anos, quando participou da peça “Nuvem”, de Coelho Neto, no teatro Dulcina, no Rio. Em 1941, foi contratada para integrar o elenco infantil da Rádio Tupi. O convite veio do diretor, Teófilo de Barros Filho, durante um concurso de interpretação.

Ela começou a fazer parte do elenco de radionovelas em 1945, na Rádio Globo. Lá, ela conheceu o jornalista esportivo Luiz Mendes, que, à época, comandava o programa “Alô, Rio”, com quem se casou.

Ela estreou na TV em 1960, em uma minissérie dirigida por Janete Clair, na extinta TV Rio. A primeira novela na Globo foi o “Homem Proibido”, em 1967. Também trabalhou em “Supermanoela” (1974), “Bravo” (1975) e o “Casarão” (1976).

Apesar de ter ficado conhecido na televisão, Daisy era apaixonada pelo rádio, onde atuou por 46 anos, com o programa “Alô Daisy”, no qual ouvia problemas dos cidadãos. “Meu negócio é o rádio, que é a minha paixão”, dizia.

Correio24Horas