Black Friday: cuidados com as compras digitais

Imagem ilustrativa.

LERROY TOMAZ | Atualmente vista como a maior data de compras do ano em muitos países, a Black Friday é uma ação promocional realizada por lojistas na quarta sexta-feira do mês de novembro. Surgida nos Estados Unidos, onde é realizada no dia após o feriado do Dia de Ação de Graças, a campanha tem como objetivo reforçar as vendas de final de ano.

Embora o feriado de Ação de Graças não exista no Brasil, a Black Friday passou a ser incluída no calendário comercial brasileiro quando os lojistas perceberam o potencial de vendas da data. Com o passar dos anos, as ações de vendas, de um modo geral, passaram a ser incrementadas pelo uso da internet, cada vez mais difundida e acessada pelos brasileiros.

Na Black Friday, não seria diferente, já que os comericantes têm se utilizado, com cada vez mais frequência, de sites, aplicativos e ferramentas de E-commerce, marketplace, etc. Assim, os consumidores, que são diretamente impactados pelas estratégias adotadas pelo comércio, inclusive durante a famosa sexta-feira, devem estar atentos para evitar transtornos e prejuízos.

Alguns cuidados, portanto, precisam ser tomados para que a compra desejada não se transforme em uma enorme dor de cabeça digital. É importante, antes de concluir a aquisição de qualquer produto, verificar o histórico da empresa nos cadastros de reclamações de clientes, a exemplo do Reclame Aqui e das próprias avaliações registradas no Google.

O consumidor deve sempre verificar os dados da empresa antes de finalizar qualquer compra online, principalmente checar se há algum endereço físico vinculado, se o número do CNPJ informado é válido e se os contatos de telefone informados para o recebimento de queixas realmente funcionam. O registro das ofertas através de prints também é uma boa medida, pois preserva a informação original e facilita a sua comprovação, se preciso for.

Também é necessário observar se o site é seguro e confiável, verificando sempre se há um cadeado indicado ao lado do link do endereço eletrônico. Sempre que o vendedor oferecer apenas a opção de pagamento através de boleto ou transferência, desconfie, pois são grandes as chances de se tratar de uma fraude.

Além de tudo isso, é recomendado evitar clicar em links estranhos, vindos de fontes duvidosas, pois eles podem direcionar para páginas falsas criadas apenas para a captura dos dados pessoais dos consumidores desavisados. A ideia, na maioria das vezes, é induzir as vítimas a erro e adquirir vantagem a partir da utilização das informações coletadas.

Caso se depare com alguma das situações mencionadas, é importante que o cidadão promova o imediato registro da reclamação, de preferência por escrito, utilizando-se de e e-mails e sites específicos, como o já mencionado Reclame Aqui e a plataforma consumidor.gov.br, anotando sempre os protocolos de atendimento. Outra saída, a depender dos detalhes do caso concreto, é buscar a proteção do Poder Judiciário, através do ajuizamento de uma ação, sempre com o aconselhamento de um advogado especializado de confiança.