Imagens: divulgação.

Na manhã desta segunda-feira (22/1), garimpeiros depararam com seus barracos de lona destruídos por homens [apontados] pelos próprios garimpeiros como “capangas de alguém que se diz proprietário da área". Conforme testemunha, ferramentas como Makitas foram furtadas do local.

Os acampamentos montados pelos garimpeiros foram destruídos no garimpo de Dumortierita, minério mais conhecido como ‘azulzinho’, que fica localizado próximo à comunidade quilombola de Malhada, no interior do município de Gentio do Ouro, na Bahia. “O garimpo Serra do Azulzinho foi invadido por um senhor que se diz ser dono das terras. Ele e os capangas subiram lá com outros comparsas e invadiram barracas destruindo o que pertencia aos trabalhadores”, relatou uma testemunha ao portal Meio Minuto.

Conforme a testemunha, cerca de quatro homens que se dizem ser policiais e supostamente armados estão no garimpo impedindo a entrada dos garimpeiros. Ainda conforme testemunha, o suposto proprietário da área colocou homens para cavar nos buracos já iniciados pelos garimpeiros. “Tem vários homens trabalhando nos buracos dos meninos a mando da pessoa que se diz proprietário e do seu sobrinho“, disse.

Em novembro de 2023, a Polícia Federal, o Ibama e a Polícia Militar deflagraram operação policial, que resultou no fechamento do mesmo garimpo.

IMPORTÂNCIA DO GARIMPO

Em Gentio do Ouro, o garimpo é uma atividade centenária e cultural, não por acaso, o topônimo é uma referência a grande quantidade de gente [gentio] — ou seja — os garimpeiros foram os primeiros a povoarem a região, dando origem ao nome do Município.

Além disso, a atividade garimpeira é responsável pela maior parte da economia do Município; para muitos, a única fonte de renda para o sustento familiar em duras, cansativas e arriscadas jornadas de trabalho. Por essas e outras razões, a atividade garimpeira não pode ser marginalizada.