Chapada: Família relata que criança foi desenterrada viva após ter sido dado como morta por médico do Hospital de Itaetê
FOTO: Montagem do JC
Pastor evangélico ligou para a família e avisou "que Deus teria mostrado a ele que menina tinha sido enterrada viva"
Um caso inusitado e ao mesmo tempo triste pega a população de surpresa na manhã desta quinta-feira (25) no povoado de ‘Colônia’, município de Itaetê, na Chapada Diamantina. É que uma criança de um ano e 10 meses foi desenterrada horas depois de ter sido declarada como morta por médico no Hospital Municipal. Segundo relatos de populares enviados à redação do jornal, os pais da menina procuraram o hospital na madrugada de hoje (25) após a criança ter passado mal e, supostamente, o médico que estava de plantão “não teria dado a devida atenção ao caso. O médico informou aos acompanhantes que a menina teve uma crise convulsiva que resultou no óbito”.
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Mesmo angustiados com a morte precoce da criança, os familiares buscaram as providências para o velório, mas o que ninguém esperava é que ela estivesse viva. Os parentes da criança são evangélicos e um pastor, de nome não identificado, ligou para os familiares contando que havia tido uma visão na qual a menina estaria viva. Acreditando na palavra do pastor, os pais, parentes e vizinhos tiveram a iniciativa de desenterrar o caixão com o corpo da criança.
“Ao desenterrar a menina uma enfermeira verificou os sinais vitais, e não deu nada. Só que o corpo estava quente e não tinha sinais. Ela foi levada para a casa dos avós e fizeram uma roda de oração e a menina mexeu o olho e apertou a mão de alguém”, relata outro popular em um áudio que está sendo compartilhado na região. Em vídeo compartilhado nas redes sociais é possível ver o desespero da família com o pequeno caixão nos braços correndo em busca de socorro. Um outro áudio também foi enviado à redação confirmando o caso.
“Conversei com minha prima agora. Tiraram a criança do caixão, a criança está deitada no sofá, a criança está apertando a mão das pessoas, as pessoas seguraram na mão da criança ela aperta, o coraçãozinho da criança está batendo, as vezes para e as vezes volta e a situação é uma coisa que nunca aconteceu antes. Está todo mundo confuso, ninguém sabe o que está acontecendo, essas informações são de agora, acabei de conversar com minha prima, ela está lá”, relata uma moradora.
O pai da criança falou com o Jornal da Chapada e confirmou os relatos. Gerson Nevis dos Santos aponta que sua filha estava viva, mas que morreu por falta de atendimento nos hospitais que procurou. “Olha, ontem [quinta] foram para Mucugê, mas quando chegaram lá, os médicos já sabiam do estado da criança. Por conta do atestado de óbito que recebemos no hospital de Itaetê, lá em Mucugê eles não atenderam a criança. A mãe levou para Iaçu, lá também eles não atenderam. Foi passando o tempo demais e minha filha estava viva sim, só não achou o atendimento que precisava e acabou não resistindo”, declara o pai da menina que morreu. “Mais cedo um pouco, a mãe estava em uma delegacia”, sintetiza Gerson.
Uma outra fonte, moradora da região relatou que a partir de informações da tia da menina, a criança foi levada no final da tarde desta quinta para o hospital de Mucugê. A família afirmou que apesar da criança está desacordada, o coração segue batendo. A reportagem tentou contato com a responsável da pasta da Saúde do município e não obteve sucesso. O secretário de Saúde de Mucugê, Wadson Benevides, também foi procurado, mas ele não tinha dados sobre o caso. “Infelizmente não tenho informações concretas”. A família e a população de ‘Colônia’ seguem em busca de respostas sobre o caso.
Matéria atualizada às 7h45 desta sexta-feira – 26 de março.
Jornal da Chapada.
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