Com 95% de eficácia, Rússia já vacinou mais de 2.500 militares com a vacina Sputnik V

Ilustração.

De acordo com hospital no sul de Moscou, população começou a ser vacinada ainda na semana passada. Resultados preliminares divulgados pelo governo do país apontam 95% de eficácia

A Rússia começou a vacinar seus militares contra o novo coronavírus, anunciou o ministro da Defesa, Sergei Shoigu. O imunizante desenvolvido pelo país foi batizado de Sputnik V.

No total, mais de 400 mil soldados serão vacinados nesta campanha, lançada por determinação do presidente Vladimir Putin, disse Shoigu, citado no comunicado do Exército russo.

Até agora, mais de 2.500 militares foram vacinados. O número chegará a 80 mil até o final do ano, segundo a mesma fonte.

A Rússia liberou o primeiro lote de vacinas da Sputinik V contra a Covid-19 para aplicação da população em um hospital na Zona Sul de Moscou, de acordo com anúncio feito nesta segunda-feira (30) divulgado pela agência Reuters.

O Domodedovo Central City Hospital, local onde chegaram as primeiras doses, informou que os médicos residentes interessados em receber a vacina precisaram se registrar em um site do governo russo com antecedência e trazer um teste de Covid-19 com resultado negativo.

As primeiras pessoas, de acordo com o comunicado, receberam a imunização ainda na semana passada. Na terça-feira (24), o governo do país anunciou que a Sputnik V tem 95% de eficácia após a segunda dose. Os resultados, no entanto, não foram publicados em revistas científicas e analisados por outros pesquisadores.

A Rússia foi o primeiro país a registrar uma vacina contra a Covid-19 no mundo, em agosto. O anúncio gerou preocupação entre cientistas, entre outros motivos, por causa do anúncio dos testes de fase 3 e da vacinação em massa de forma simultânea.

O governo russo também firmou uma parceria com o governo do Paraná para produção da Sputnik V em solo brasileiro. No mês passado, o fundo russo que financia o desenvolvimento da vacina anunciou que o Brasil poderia começar a produzi-la em dezembro.

Concorrentes

Nas últimas semanas, laboratórios como a Pfizer, a Moderna e a AstraZeneca, que desenvolve uma vacina em parceria com Oxford, divulgaram resultados iniciais de fase 3 sobre a taxa de eficácia de suas vacinas ainda em desenvolvimento. Nenhuma publicou, até agora, estudo científico com os dados.

Os dados iniciais divulgados pelas empresas apontaram as seguintes taxas de eficácia para suas vacinas em desenvolvimento – os índices ainda podem mudar:

Pfizer: 95% de eficácia

Moderna: 94,5% de eficácia

Oxford: 90% de eficácia A FDA, agência regulatória dos Estados Unidos equivalente à Anvisa no Brasil, já anunciou que qualquer vacina deve comprovar 50% de eficácia antes de ser liberada nos EUA.

G1.