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O suicídio é um problema complexo para o qual não existe uma única causa ou uma única razão. Ele resulta de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais. Precisamos falar a respeito desta temática, pois se trata de um problema do ser humano e não podemos fugir de algo que tem trazido tanto sofrimento.

Claro que, quando falamos sobre este assunto, precisamos de muita cautela para não disseminar informações equivocadas, e não piorar o quadro de quem está sofrendo, pois, a depender da argumentação, pode fazer com que a pessoa se sinta ainda pior, mas precisamos falar; esta estratégia, inclusive, é terapêutica.

Para descobrir se a pessoa tem pensamento suicida, a melhor maneira é perguntar para ela. Ao contrário da crença popular, falar a respeito de suicídio não coloca a ideia na cabeça das pessoas. Quando se tem alguém próximo, ou não tão próximo, mas percebemos que tem mudado o comportamento, e tem risco de suicídio, apresentando se mais triste, solitário, desamparado, desesperanço e com sentimento de autodesvalorização, você pode se aproximar e perguntar: “está enfrentando algum problema que eu posso ajudar?”.

Suicidas frequentemente dão ampla indicação de sua intenção; então, ouça com cordialidade, trate com respeito, empatia com as emoções e cuidado com o sigilo. Ofereça apoio emocional, focalize na força positiva da pessoa.

Não desdenhe, tenha sensibilidade e preocupação com o outro ser humano e crença de que a vida é um aprendizado que vale a pena. Muitos sofrimentos resolvem em uma simples conversa. Ajude através do acolhimento e escuta ativa a pessoa a encontrar suas habilidades de enfrentamento que precisa para se fortalecer e ter autonomia pessoal. Viver sempre será a melhor opção!