Ascom/Eduardo Salles.

A CAR (Companhia de Ação e Desenvolvimento Regional) divulgou nesta quarta-feira (18) o resultado dos vencedores do edital do Programa Bahia Produtiva. Uma das associações contempladas é a APRAMA (Associação dos Pequenos Produtores Rurais do São José Araújo e Marruá I e II), do município de Xique-Xique.

O resultado foi comemorado pelo deputado estadual Eduardo Salles, que no primeiro semestre esteve em audiência com os presidentes da CAR, Wilson Dias, e da APRAMA, Marco Camandaroba, apresentando as potencialidades da carnaúba e a quantidade de empregos que podem ser gerados com a exploração da cultura nas zonas rurais dos municípios de Xique-Xique e Barra.

O parlamentar resgatou na SDE (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico) material elaborado pela extinta SEDIR (Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Integração Regional) e participou de reuniões com técnicos para a construção do projeto apresentado à CAR.

“Esse é o início de uma grande virada econômica que poderemos oferecer à população de Xique-Xique e região. Temos no município condições naturais e precisávamos apenas da infraestrutura para oferecer as ferramentas à população. Podemos mudar a vida de milhares de pessoas”, celebrou o parlamentar.

Serão investidos R$ 300 mil na compra de uma máquina de bater palha, uma máquina de briquete (equipamento que utiliza a sobra da palha batida para fazer madeira útil à indústria da cerâmica), secadores, criação de galpões e um trator.

Marco Camandaroba prevê que 100 empregos serão gerados assim que o projeto for instalado. “Vamos beneficiar os moradores das localidades de Marruá I e II, Capão do Saco, Manaíba, Soem e Capão do Martins”, garante o presidente da APRAMA.

Os equipamentos serão utilizados pela APRAMA para explorar inicialmente 5.000 hectares de carnaúba, vegetal encontrado em abundância às margens do rio São Francisco. O estudo feito pela SEDIR mostra que a região possui 40 mil hectares de carnaúba disponível na região podem gerar 4.874 toneladas de pó e 2.924 toneladas de cera de carnaúba, podendo gerar, com números de 2009, quase R$ 25 milhões.

O projeto envolve agricultores familiares, cooperativa e indústria no processo de extração, transporte, secagem, refino, extração do pó, refino da cera e comercialização do produto final.

O Ceará, com 51%, Piauí, 40%, e o Rio Grande do Norte com 9% dominam a participação nacional na produção da cera de carnaúba.