Foto: Hospital Estadual da Criança.

A criança foi gerada na região abdominal da mãe, incidência que varia entre 1 caso para cada 30 mil gestações comuns

Aline do Socorro, 39 anos, protagonizou um parto raro no fim do mês de setembro. Seu bebê cresceu e se desenvolveu fora do útero, o caso é conhecido como gravidez ectópica abdominal. A incidência de parto abdominal varia entre 1 caso para cada 10 mil gestações até 1 caso para cada 30 mil gestações.

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Aline deu entrada no Hospital Estadual da Criança (HEC) em 2 de Julho, com 19 semanas de gestação. À época, ela trouxe uma ultrassom que evidenciava a gravidez abdominal e desde o início do internamento foi orientada sobre o prognóstico fetal, bem como os seus riscos. A gestação durou 32 semanas e 06 dias, pouco mais de sete meses. A bebê Alice Vitória foi gerada acima do útero e da bexiga, na região abdominal. Em uma gravidez comum, ela teria crescido e se desenvolvido dentro do útero da mulher. Mãe e filha passam bem.

De acordo com a médica obstetra, Amália Olímpia, todo aparato técnico e suporte especializado foram montados para este procedimento cirúrgico obstétrico, realizado pela primeira vez no hospital. “Montamos uma estrutura bem organizada para fazer este parto, com a participação de outros especialistas, como cirurgião vascular, cirurgião geral, equipe de neonatologia e UTI materna, para dar o máximo de suporte para essa cirurgia obstétrica bem atípica”, afirma. 

“Demorei seis anos para conseguir ter minha filha, mas eu não desisti. Alice Vitória permaneceu firme com a mamãe dela e eu sempre mantive a fé em Deus. E assim estou aqui com ela: bem e fortes”, comemora Aline.

Metro1

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