Energia eólica no Nordeste: Sudene libera R$ 398,8 mi para a Bahia
Foto: Omega Energia - Divulgação.
A expansão da energia eólica no Nordeste avança com o apoio de agências de desenvolvimento regional, como a Sudene, e bancos oficiais. A superintendência acaba de liberar a segunda parcela do financiamento para três novos parques eólicas na Bahia, que vão receber investimentos de R$ 716 milhões, dos quais 398,8 milhões do fundo FNDE, administrado pela autarquia.
Essa parcela do empréstimo soma R$ 106,8 milhões que serão destinados aos parques Assuruá 5 I, Assuruá 5 II e Assuruá 5 III, localizados nos municípios de Xique-Xique e Gentio do Ouro, na microrregião de Irecê, às margens do rio São Francisco.
Os recursos foram contratados pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) em 2021, tendo o Banco do Brasil como o agente operador do financiamento e responsável pelas três parcelas do empréstimo.
Danilo Cabral, que lidera a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), ressalta que o FDNES é voltado para a realização de investimentos em infraestrutura e serviços públicos e em empreendimentos produtivos com grande capacidade germinativa de novos negócios e novas atividades produtivas.
Como contrapartida à operação, a Omega Desenvolvimento de Energia – empreendedor privado desses parques incentivados – deverá realizar diversas ações nas áreas de educação ambiental, proteção à saúde, aproveitamento de mão-de-obra local, recuperação de áreas degradadas, controle de desmatamento, afugentamento, resgate, monitoramento da fauna e relações com a comunidade (incluindo comunicação social).
Energia eólica no Nordeste: fique por dentro dos novos parques na Bahia
O parque Assuruá 5 III entrou em operação no início de julho deste ano. Já os parques Assuruá 5 I e Assuruá 5 II estão em construção. A capacidade total dessas usinas é de 116 megawatts (MW).
Outros três parques do mesmo grupo também contam com recursos do FDNE: Assuruá 5 IV, Assuruá 5 V e Assuruá 5 VI, que tiveram os empréstimos aprovados em maio desse ano. O investimento total previsto nessas plantas é de R$ 702,10 milhões, com participação de R$ 415,32 milhões do fundo.
Esses empreendimentos integram o Complexo Eólico Assuruá, composto por 15 projetos, que somam uma capacidade instalada, até o momento, de 353 MW. A potência será elevada à 808,1 MW com a finalização de duas usinas do complexo até o final deste ano, segundo expectativa da Omega.
A empresa, além da Bahia, tem parques geradores em mais dois estados nordestinos – Piauí e Maranhão – além de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Fora do Brasil, a companhia tem operações nos Estados Unidos.
Mais da metade dos parques de energia eólica no Brasil estão no Nordeste
A Omega Energia segue o caminho de outros grandes players de energia eólica que estão apostando as fichas no Nordeste, considerado a nova fronteira energética do país e com potencial de atuação global na descarbonização da economia. O Ministério das Minas e Energia trabalha com uma expectativa de R$ 200 bilhões em investimentos privados em geração eólica, na região, até o próximo ano.
De acordo com a Associação Brasileira Eólica (ABEEólica), mais da metade das usinas eólicas do Brasil se encontra no Nordeste, entre elas o maior empreendimento do gênero na América Latina, o Parque Lagoa dos Ventos, no Piauí, que conta com mais de 200 turbinas. Os estados líderes em geração eólica na região são o Rio Grande do Norte e a Bahia.
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