Grupo terrorista revela plano para matar Bolsonaro, diz revista
Reprodução/Veja.
PF busca identificar os terroristas há seis meses e ainda não obteve sucesso
Um dos líderes de um grupo terrorista que diz planejar matar o presidente Jair Bolsonaro detalhou a estratégia, em entrevista à Revista Veja, publicada hoje (19).
Reportagem da revista de maio deste ano já citava as ameaças do grupo, que são acompanhadas pela Polícia Federal. Segundo a matéria de hoje, a busca da PF para identificar os terroristas dura seis meses e ainda não obteve sucesso.
No entanto, a revista conseguiu entrevistar um dos líderes da Sociedade Secreta Silvestre (SSS), que se apresenta como braço brasileiro do Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS), uma organização internacional que se diz ecoextremista e é investigada por promover ataques a políticos e empresários em vários países.
O contato foi feito pela "deep web", uma espécie de área clandestina da internet que, irrastreável, é utilizada como meio de comunicação por criminosos de várias modalidades.
O terrorista se identifica como “Anhangá” e garante que o plano para matar Bolsonaro é real. Segundo ele, o plano começou a ser elaborado desde o instante em que o presidente foi eleito.
Era para ter sido executado no dia da posse, mas o esquema de segurança montado pela polícia e pelo Exército acabou fazendo com que o grupo adiasse a ação.
“Vistoriamos a área antes. Mas ainda estava imprevisível. Não tínhamos certeza de como funcionaria”, afirma o suposto terrorista.
Dias antes da posse, a SSS colocou uma bomba em frente a uma igreja católica distante 50 quilômetros do Palácio do Planalto. O artefato não explodiu por uma falha do detonador.
De acordo com Anhangá, foi mais um aviso, dessa vez endereçado diretamente a Ricardo Salles. “Salles é um cínico, e não descansará em paz, quando menos esperar, mesmo que saia do ministério que ocupa, a vez dele chegará. (…) É um lobo cuidando de um galinheiro”, diz o extremista, que alerta para a existência de um terceiro alvo no governo: Damares Alves, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.
“(Ela) se tornou a cristã branca evangelizadora que prega o progresso e condena toda a ancestralidade. O eco-extremismo é extremamente incompatível com o que prega o seu ministério”, afirma.
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