Incêndios no Capão já duram um mês e queimaram o equivalente a 670 campos de futebol
Crédito: Simone Bortoliero.
O fogo começou nas regiões do Boqueirão e da Purificação e avança rumo a região de Águas Claras, segundo moradores
Os incêndios no Vale do Capão, na Chapada Diamantina, avançam em direção a região de Águas Claras, cartão postal do vale. Uma medição feita por satélite indica que às 14h do primeiro dia de 2024, cerca de 1000 hectares de mata haviam sido atingidos pelo fogo, o equivalente a 670 campos de futebol. O combate está sendo feito por brigadistas voluntários da região e a fumaça foi vista na cidade de Lençóis, a 72 quilômetros de distância do local.
A jornalista Simone Bortoliero, moradora do Vale do Capão, a região está num período de seca prolongada e foi atingida por uma série de incêndios no último mês. Ela mora próximo a trilhas para cartões postais como a Cachoeira da Fumaça e conta que presenciou incêndios à noite nos últimos 30 dias.
Crédito: Simone Bortoliero
Os incêndios dos últimos quatro dias começaram nas regiões do Boqueirão e da Purificação, pontos turísticos da região. O fogo avançou pela mata e chegou na região de Águas Claras. Simone conta que o combate aos fogos é feito por brigadistas voluntários que atuam em condições abaixo do ideal: “O acesso é difícil pois a região tem muitas pedras. Não tem Corpo de Bombeiros e nem infraestrutura para combater os incêndios.”.
Os brigadistas seguem os esforços para impedir que o fogo avance pela região. Simone demonstra preocupação com os incêndios e cobra que haja amparo à região: “Eu estou muito angustiada com essa história. Nós estamos a 4 dias sob fumaça e uma poluição ambiental gravíssima. As condições da estrada são péssimas e dificultam a saída do vale. A vila depende do turismo e o incêndio trouxe sérios prejuízos.”, afirmou
Crédito: Simone Bortoliero
A reportagem tentou contato com a Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão (ACV-VC), que responde pelos brigadistas, o Corpo de Bombeiros e o INEMA, mas não obteve retorno.
Crédito: Simone Bortoliero
Crédito: Simone Bortoliero
Crédito: Simone Bortoliero
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