Lei Seca deve passar a ser feita dia e noite durante o ano todo
Foto: Márcio Alves / Agência O GLOBO.
Governo do estado planeja ainda importar equipamento para verificar se motorista usou drogas como cocaína e ecstasy
RIO — A Lei Seca pretende fechar ainda mais o cerco contra os motoristas que dirigem após beber. As blitzes devem passar a ser feitas durante o dia o ano todo. Até agora, as operações diurnas aconteciam apenas no verão. Outra mudança em estudo pela Secretaria estadual de Governo, que pode ser implementada ainda no primeiro semestre, será incluir essa fiscalização no programa Sociedade Segura, que vai substituir o Segurança Presente. No entanto, o projeto ainda precisa passar pelo aval do governador Wilson Witzel.
O primeiro passo deverá ser a troca do nome da Operação Lei Seca para Operação Lei Seca 24 Horas. De acordo com a secretaria, a mudança visa a reforçar junto à população que as blitzes poderão acontecer a qualquer hora do dia.
A Operação Verão, que acontece desde 2015 e também verifica se motoristas estão dirigindo alcoolizados, vai até o fim do carnaval. Segundo a delegada Verônica Oliveira, coordenadora-geral da Lei Seca, em média, 6% dos motoristas que fazem o teste do bafômetro durante o dia ingeriram bebida alcoólica. À noite, esse percentual cai para 4%.
O governo também planeja usar nessas blitzes equipamentos para detectar o uso de drogas como cocaína e ecstasy. No entanto, esses aparelhos teriam que ser importados. A França já usou essa tecnologia em caráter experimental. Alguns dispositivos permitem detectar, em três minutos minutos, a presença de drogas no suor do usuário.
Desde o início do ano, a Operação Lei Seca já abordou 30.891 motoristas no Rio, dos quais 4% tinham sinais de embriaguez. No ano passado, fizeram o teste do bafômetro nas operações 26.637 pessoas.
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