Mourão diz não ver decreto da posse de armas como medida de combate à violência
(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil).
Para ele, decreto foi cumprimento de promessa de campanha
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na manhã desta segunda-feira (21), à Rádio Gaúcha, que o decreto que flexibiliza a posse de armas, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada, não é uma medida de combate à violência.
"Esta questão da flexibilização da posse de armas, eu não vejo como uma medida de combate à violência. Eu vejo apenas, única e exclusivamente como o cumprimento de promessa de campanha e que vai ao encontro aos anseios, em grande parte, de parte de eleitorado dele", afirmou Mourão, que assumiu a Presidência interinamente enquanto Bolsonaro participa de compromissos do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).
De acordo com Mourão, para diminuir a violência, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, tem "medidas para segurança pública" a serem anunciadas. O general disse ainda que, a despeito de críticas tanto de apoiadores de armas quanto de defensores do desarmamento, o decreto está adequado. "A virtude está no meio - e ele (Bolsonaro) foi no meio", disse.
Mourão disse ainda que não vê neste momento "possibilidade concreta e real" de o Congresso Nacional aprovar a flexibilização do porte de armas. "Porque nós não conhecemos ainda o posicionamento deste Congresso que vai se iniciar", afirmou.
O vice-presidente afirmou também que sempre advoga "que a pessoa para portar arma tem de ter condições psicológicas e condições técnicas". "Se a pessoa passar nestes testes, eu acho que ela estaria adequada a portar arma", defendeu.
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