Negócios que surgiram durante crises

Ilustração.

A crise econômica enfrentada no mundo em decorrência do coronavírus (COVID-19) não é nem de longe a primeira na história, mas está dentre as mais impactantes. Para compreendermos o cenário atual é interessante voltar aos exemplos do passado e negócios que surgiram na crise.

É tempo de recessão econômica? Sim! É tempo de empresários entrarem em colapso emocional? Infelizmente sim. Mas a boa notícia é que durante a crise há um cenário muito propício para impulsionar mudanças, unir forças e criatividade, além de contar com ótimas parcerias, afinal, estamos definitivamente no mesmo barco chamado planeta.

Um pouco de história e superação…

Ao realizar uma pesquisa sobre exemplos de negócios que surgiram na crise vamos encontrar histórias incríveis de superação. O medo e a insegurança foram substituídos pela intuição e vontade de crescer.

É importante se atentar que este é o cenário que propicia muitos negócios a arriscar, diferente de uma situação estável e confortável que, muitas vezes, gera estagnação. Veja exemplos:

Nescafé

Após a queda na venda do setor de café que ocorreu em 1930, muitos sacos com o grão foram destruídos. A Nestlé teve a ideia de transformar os grãos em pó, o que já fazia com o leite e era útil para aumentar a durabilidade do produto. Lançou em 1938, a Nescafé tornando-se um sucesso na Europa. A Nescafé é a marca mais valiosa da Nestlé.

Nutella

Durante a devastação que ocorreu na Segunda-Guerra, as plantações de cacau foram totalmente banidas. E agora, o que fazer? Então o confeiteiro, Pietro Ferrero, resolveu apostar no creme de avelã como substituto, e usava apenas uma pitada do cacau que ainda restava.

O recheio de bolo fez um grande sucesso no interior da Itália, passou a ser comercializado como um creme e hoje é o desejo de consumo dos amantes por doce.

Uber

Ouvimos muito falar sobre o modelo disruptivo do Uber, mas poucos lembram que o negócio surgiu após a crise financeira que perdurou entre 2007 e 2008, afetando a economia mundial, como a falência do tradicional banco de investimento americano Lehman Brothers.

Durante a economia fortemente afetada, a população dos Estados Unidos buscava por trabalhos informais para complementar a renda.

Os empreendedores Travis Kalanick e Garret Camp enfrentaram dificuldade de pegar um taxi em Paris durante uma nevoada, então pensaram em como resolveriam esse problema com preços mais acessíveis e numa lógica de acordo com o cenário.

Criaram a Uber, uma plataforma que usaremos por muito tempo como exemplo de disrupção tecnológica, valendo atualmente cerca de 14,15 bilhões.  

Quando as empresas entram em contato com o time da Plano Consultoria buscando por soluções para enfrentar a crise econômica gerada pelo coronavírus, existem duas questões prioritárias:

A primeira é o quanto a empresa já estava investindo em tecnologia e modelos de gestão descentralizadas;

A segunda é maneira que a empresa lida sobre temas como: liderança e gestão de pessoas.

Não adianta entrar em desespero e querer resolver todos os problemas de maneira desordenada. Mas algo que sempre alertamos aos nossos clientes durante a consultoria é: Planeje como se o mundo, os cenários fossem crises constantes.

Qual o significado da palavra crise? Mudança, desequilíbrio, luta entre agente e agressor, tensão, perigo e desordem. Na realidade tais adjetivos pertencem ao mundo VUCA.

Toda mudança pode gerar crise ou oportunidade, acontece que ainda existem empresas, não só pequenas, mas de grande porte, que caminham lentamente nesse preparo. É preciso fortalecer o organismo da sua empresa PREVIAMENTE e imuniza-lo contra ataques externos.

 A liderança e gestão é a vitamina C (Confiança) do seu negócio. Ferramentas de gestão colaborativa é a vitamina D (Direcionamento) da sua organização.

Não adianta tentar consumir tudo isso de uma vez, pois é fundamental que essa nutrição seja diária, contínua, até que o organismo empresarial esteja fortalecido e preparado para encarar crises e mudanças.

Nesse ponto a Plano orienta as empresas a investirem em treinamento, estímulo do trabalho colaborativo.

Compreender definitivamente que durante um momento de crise não vai conseguir segurança com a volatilidade da economia, mas com o apoio da sua equipe por meio de ideias, criatividade e engajamento gerado através de uma comunicação e alinhamento estratégico.

Negócios e pessoas colaboram mutuamente, crescendo juntos

O que está ocorrendo em 2020 e a disseminação mundial de um vírus, tem repercutido na vida de cada cidadão, economia, empresas de diferentes portes e classes sociais distintas.

E o que isso nos leva a pensar? Que o pensamento individual, para a evolução da própria humanidade, precisa extinguir-se, não só no âmbito empresarial e dos negócios. O ‘uno’ se repete e hoje predomina o crescer junto. A economia mundial depende dos pequenos negócios, os pequenos dependem do apoio dos grandes e médios os grandes dependem da economia mundial.

Para além da colaboração interna, teremos de pensar em iniciativas externas, unir forças, estratégias e soluções para que esse cenário ainda nebuloso possa se clarear através da mentalidade de crescimento universal.

Como exemplo a iniciativa recente da Magalu, Magazine Luiza, que lançou uma plataforma digital “Parceiro Magalu” para varejistas, sobretudo pequenas empresas, venderem seus produtos sem custo na entrega e com taxa de 3,99% a cada venda.

A plataforma favorece também pessoas físicas, permitindo a criação da própria loja virtual sem custo, além de vendas através das redes sociais, como Instagram, Facebook e WhatsApp.

Uma iniciativa que diz muito sobre a visão de negócio que todos precisam adotar daqui para frente. Agora só se cresce junto e através da evolução e bem de todos, isso inclui pessoas, negócios, economia, natureza e Planeta. É tempo de refletir e transformar!

A imunidade mais eficiente nesse cenário é a solidariedade e visão de que a evolução genuína não ocorre em ambientes individuais. Reflita e deixe o seu comentário.

Jornal Contábil