Nem todas as “jaulas” são iguais

Imagem ilustrativa.

MÔNICA BASTOS | Em 1965 o psicólogo Seligman, da Pensilvânia, realizou um experimento com cães. (Não causou danos aos animais).

Ele separou dois grupos de cães. Os grupos foram colocados em duas jaulas, cujo chão estava conectado a uma corrente elétrica, que disparava pequenos choques, de baixa intensidade, porém incômodos. Havia uma diferença, entre as jaulas, em uma delas, havia um dispositivo aonde os animais conseguiam desligar o sistema que provocava os choques. O segundo grupo podia desligar os choques, enquanto o primeiro fora obrigado a se acostumar com o incômodo.

Acostumados às suas respectivas jaulas, os grupos de cães foram colocados em uma terceira jaula, com o mesmo sistema, mas com uma pequena barreira, onde qualquer um podia pular e se livrar dos choques.O grupo, que na parte inicial foi colocado na jaula onde não podia controlar os choques, não saiu da terceira jaula. O grupo, que conseguia desligar os choques, pulou a barreira e se livrou do incômodo.

Semelhantes experimentos foram realizados com humanos, e os especialistas chegaram à conclusão de que, quando submetidos a situações dolorosas, difíceis e repetíveis, ao invés de reagirmos, ficamos inertes. Ainda que a solução para determinados problemas estejam à nossa frente, somos incapazes de visualizar.

Experiências frustrantes, nos levam a acreditar que não temos como mudar determinadas situações.

O que fazer? compreender que, por mais difícil que seja a situação, é importante buscarmos uma saída, afinal de contas, nem todas as “jaulas” são iguais. Não é porque estamos passando por uma situação difícil, que temos de nos conformar, sempre há uma saída.

Gosto de um diálogo do filme Alice no País das maravilhas: - Aonde fica a saída? perguntou Alice ao gato que ria. - Depende, respondeu o gato. - De quê? replicou Alice; Depende de para onde você quer ir...