O lado tecnológico de Israel
Imagem ilustrativa.
GRACIELA PELEGRINI | Nos últimos dias, o mundo voltou seu olhar para Israel e Palestina, mas pouca gente sabe que Israel, além de famoso pelo turismo religioso, é protagonista em tecnologia. Considerado um verdadeiro celeiro de startups e unicórnios – empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão de dólares, reúne cerca de 1 startup para cada 5 mil habitantes, em especial em Tel Aviv.
O adjetivo inovador do país é atribuído, principalmente, aos ensinamentos judaicos, nos quais a cultura do questionamento está impregnada na população. Desde a infância, os israelenses são ensinados a questionar e, por consequência, inovar. Outro ponto é o fato de Israel ser um país territorialmente muito pequeno e uma região conflituosa, fato esse que exigiu dos israelenses um desenvolvimento bélico aliado a muita tecnologia. Tanto a população quanto as forças armadas contam com incentivos para a pesquisa e produção de tecnologia.
No entanto, a tecnologia desenvolvida no país vai muito além de armas. O país busca soluções tecnológicas para resolver seus problemas em geral. Por exemplo, o deserto fez de Israel uma referência em técnicas de micro irrigação para transformar regiões desérticas em zonas habitáveis e férteis. Além disso, o país é referência em tecnologia para dessalinização do mar.
Israel é o sétimo país com maior número de empresas listadas na Nasdaq. São exatas 168 empresas israelenses sendo comercializadas na bolsa americana. Poucos sabem, mas o famoso app Waze, um dos maiores aplicativos de locomoção do mundo, foi idealizado pelo israelense Uri Levine. Em 2013, o Waze foi vendido para o Google por US$ 1,1 bilhão. Outras soluções, como as propostas pela plataforma de criação de websites Wix e pela Monday, plataforma de cloud para gestão de projetos, são mais alguns exemplos de startups nativas de Israel que conquistaram o mundo.
Não há dúvidas de que o conflito instaurado pelo ataque do Hamas ao território de Israel no último sábado, 7 de outubro, levará à dispersão tanto das startups quanto dos talentos da tecnologia, o que resultará em um atraso imensurável para o país e para o mundo. Infelizmente, estamos de mãos atadas, mas o que nos resta é torcer pelo fim desse conflito e pela paz mundial.
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