Onyx diz que foram detectados gastos e nomeações "incomuns" nos últimos dias do governo Temer

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante entrevista coletiva. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.

Ministros deverão fazer pente-fino em atos da gestão anterior

BRASÍLIA —  O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quinta-feira, após uma reunião ministerial com o presidente Jair Bolsonaro,   que será feito um pente-fino em todas as nomeações, transferências e movimentações financeiras realizadas nos últimos 30 dias da gestão de Michel Temer. Ele disse que foram detectadas movimentações "incomuns" e que cada ministro vai analisar o que ocorreu na sua área de atuação. O anúncio confirma a promessa de se rever logo no início da gestão os últimos atos do governo Temer.

- Fomos além, verificando que houve uma movimentação incomum de nomeações e exonerações nos últimos 30 dias, assim como também houve movimentação incomum de recursos destinados a ministérios nos últimos 30 dias. Foi solicitado que todos os ministros fizessem revisão pasta por pasta quer nomeações, exonerações e transferências, quer sobre a movimentação financeira dos últimos 30 dias, particularmente dos últimos 15 dias, porque causou estranheza e vamos acompanhar. O presidente quer relatório de cada um de pra onde foi o dinheiro, por que isso foi feito e se tem suporte para ter sido feito - disse.

O ministro também disse que Bolsonaro deu aval para que todos os titulares de pastas promovam exonerações em massa de funcionários comissionados, como o próprio Onyx já fez.

- Sobre o episódio da exoneração, a gente brincou em "despetização", o presidente gostou do exemplo e todos os ministros estão autorizados a dentro das suas pastas proceder de maneira semelhante e ajustada a cada uma das pastas. Esse conceito que temos de rever está perpassando todo o governo, até para desaparelhar e permitir que governo possa executar suas políticas - afirmou.

Onyx disse ainda que será feito um "pente fino" nos conselhos da administração federal. Ele destacou que o Conselhão já foi extinto e disse que os demais ministros farão um levantamento sobre essas estruturas em suas pastas. A avaliação é que há sobreposição e inchaço nos conselhos.