Padre demitido por engravidar fiel ganha cargo em subprefeitura de SP

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Marcos de Miranda é afastado da Igreja após denúncia de que infringiu o celibato e tem um filho de 2 anos. Ele nega a acusação. O padre, de 43 anos, responde há uma década pela paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, no bairro de Pedreiras, onde celebra missas que são transmitidas por seu canal no YouTube, ele também tem 21,8 mil seguidores no Instagram.

A Igreja Católica passou a investigar o padre em agosto de 2020, quando uma mulher, de iniciais R.S., protocolou uma denúncia no Tribunal Eclesiástico. Ela contou que seu filho, nascido em janeiro de 2019, é fruto de um relacionamento com o sacerdote.

Dom Negri, que dirige uma comissão que apura abusos cometidos contra crianças e adolescentes no meio eclesiástico, instaurou uma investigação na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). No mês passado, antes de afastar o padre Miranda, o bispo pediu um exame de DNA que confirmasse ou não a paternidade. O padre compareceu ao Tribunal Eclesiástico na terça-feira (7), mas não levou nenhum exame.

Antes mesmo de ter sido desligado da Igreja Católica, porém, o padre foi acolhido na política. Em 19 de maio de 2023, quase um ano antes do comunicado sobre a sua saída da Igreja Católica, ele foi nomeado chefe de gabinete da subprefeitura do Jaçanã, Zona Norte de São Paulo, conforme publicado no Diário Oficial do Município. O salário de Marcos de Miranda na administração municipal é de R$ 19.882,84.