Policial teria aconselhado ‘Juninho Riqueza’ a montar estratégia no caso Daniel
Cristiana e Edson Brittes (Foto: Reprodução / Facebook).
Edison Brittes Júnior, o Juninho Riqueza, teria recebido conselhos de um policial afastado antes de confessar o assassinato do jogador Daniel, em outubro. Segundo o portal UOL, o suspeito diz ter recebido uma indicação de Edenir Canton, conhecido como Gaúcho, para montar uma estratégia de defesa antes de contratar um advogado. As informações constam em áudios de WhatsApp aos quais o UOL teve acesso.
"Juninho, sou eu, o Gaúcho. Não vai atrás do (advogado Claudio) Dalledone. Vem aqui. Não vai atrás do Dalledone senão você vai tomar no c... Passa aqui que temos que montar uma estratégia técnica. Senão o Dalledone só fica na conversa, te prende e você está f...".
Antes de procurar Dalledone – que foi quem assumiu o caso –, ‘Juninho’ teria tentado o advogado Rafael Pellizzetti, por indicação do próprio policial. "Ele me procurou no dia 31 de outubro [quatro dias depois do crime]. Edison Brittes me relatou o que tinha corrido e em virtude da brutalidade e covardia do crime, eu entendi que não poderia fazer esse tipo de defesa e aí ele decidiu por um próximo advogado. Esses áudios foram feitos entre ele e meu celular", disse Pellizzetti, ao UOL.
Canton não é investigado no caso Daniel. Mas as gravações mostram a ligação próxima entre ele e Juninho. As investigações já tinham apontado que o Veloster preto que Juninho usava no dia da morte de Daniel já havia pertencido ao policial.
Dalledone diz que o áudio de Canton que cita seu nome ocorreu fora dos limites da acusação formal, são personagens e fatos marginais à discussão do processo.
Juninho e outras cinco pessoas estão presos, por envolvimento no assassinato de Daniel.
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